( Desenho,via Google.)
De boca entreaberta,surpresa.
Vi o que teria de ser visto.
O cão morto,atropelado.
O motorista,desolado.
O ciclista,gritava: - Desalmado,irresponsável!
Na verdade, a cadela Laila.
O motociclista,desviou,no meio fio,evitando passar por cima dela.
O garoto gritava sem parar...
Uma confusão generalizada.
Laila,todas as manhãs,acompanhava o André pela ciclovia.
( Diziam.)
Ainda não entendi o quê e como aconteceu ...
Como foi lançada na Avenida?
Não tenho idéia lógica.
Laila agonizou e paralisou movimentos convulsivos.
Uma judieira só!
Começo minha manhã,vivendo o dia-a-dia da cidade grande,louca e apressadamente gritante.
Um grito de dor,quebrou minha concentração,no trânsito.
Lembrei-me,forçosamente,que viver e morrer,é convivência,nada estranha.
Ao chegar no trabalho,ligo à Silvia,minha secretária do lar, pra saber se Juca está bem e Tuca,também.
( Meu filho de sangue e filha de patas.)
Bateu-me uma insegurança e aperto no peito.
Perdas nos fazem alertas.
Alertas,apertam presenças,necessárias e discernimentos no que diz respeito,à conciliação de trabalho necessário e família.
E quis ter tempo pra ver minha avó,hoje num asilo.
Uma comparação ridícula,diriam ...
Mas como Laila,ela foi minha escudeira,na infância e adolescência.
E me deu uma tristeza profunda.
Tenho errado?
Esse sabor de débitos,hoje,calou fundo.
* Roberta Campos
( Uma Alma Feminina.)
Do Projeto,Uma Alma Feminina. / Por: Tata Junq
* Nome fictício.
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