quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Do Projeto,Alma Feminina : A Bailarina.

                                          ( Imagem via Google. / Vide assinatura,autoria.)


Baila,
baila,
a bailarina!

Quem se importa com seus pés desfigurados,escondidos,nas sapatilhas?!
Mas ela é feliz.
( Garantiu-me um dia destes.)
Sua alma foi lapidada,seu corpo também.
Músculos trabalhados,girava,saltava,encantava.
Quem pode provar o sabor amargo das pressões,que passou ou passa,ainda?
Quem sabe,que ela fora e é bulímica-tratada?
Quem a viu chorar diante dos espelhos?
Quem sabe,
das dores e das ausências de sonos?
Ela teria de ser perfeita,perfeitamente adequada pra exercer o seu papel,longilínea,esguia-formosa ...
Hoje,guarda as sapatilhas surradas,com manchas de sangue,bem ali,no cabideiro,visível.
Para atormentar-se?
Não.
Pra deixar marcante,que este tempo,muitas vezes desesperador,inexiste.
Ela é liberta.
"Gorda",sorridente,sem problemas gástricos maiores,ainda com tratamentos de manutenção,das sequelas.
(Conta-me com boas risadas.)
Disse-me,que aprendeu nas duras lições,que pra tudo nessa vida,há limites.
Namora,sorri,anda de bike e nada,todas as quintas-feiras.
Confesso,que sorri aliviada.
Desliguei o telefone,na certeza que a veria,qualquer dia destes,no palco da vida.
Quem sabe,não volto à Natação,também?!
E remoo aqui ...
Há tantas meninas por aí ...
Tomara,que famílias percebam,quando há dramas,atrás das cortinas!

Uma Alma Feminina

* Do Projeto,Alma Feminina, por Tata Junq

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"Quem vê cara,vê coração"?! ( Um minuto de sua atenção,por favor.)

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( Imagem,retirada do Google.)

- "Quem vê cara num vê coração!"
(Dizem por aí.)
Eu confirmo.


{Coração,doeu.
Doeu?
Você viu?
Tem remédio?!
Tem.
Não tem.
Tem?
Coração doeu.
E doeu...
e doeu...
A boca abriu um sorriso largo,
disfarçou.
Olhos,não mentiram,
lacrimejaram.}

*********
Relato

Ela caminhou,passos lentos.
Sentou-se,meio que sem forças.
Acompanhei as sequências gestuais ... apreensiva.
Desabou a chorar.
Soluços,como repiques.
Enxugava o nariz gotejante,com as mangas da blusa alva.
Era uma manhã clara,quente.
Tão clara,como a cena impactante.
Olhei para os lados,pra ver se havia mais alguém vendo tudo acontecer.
E havia.
Todos,como eu,sem uma ação imediata.
Levei tempo pra tomar atitude de abordagem ...parecia,que se o fizesse, tolheria aquele desabafo,sem convite à platéia.
Sem jeito,perguntei se precisava de ajuda.
Olhou-me com raiva.
Levantou-se e caminhou a passos largos.
Juro,que fiquei mal. Sem jeito.
Ela fez com que me sentisse uma intrusa,abestalhada.
Nunca mais a vi.
Nem sequer soube o motivo de tanto chororô.
E,sequer a conhecia.
A dor é de quem sente.
Não se mesura e vezes nem se entende.
Quem sabe é o "dono"da bagaça!

Este mês,setembro,é dedicado à prevenção e ajuda aos depressivos,e atenção aos suicidas.
E,é preciso um olhar atento às pessoas.
( `As que demonstram e às que disfarçam.)
Não desdenhemos da dor alheia.
Auxiliemos!
( Sugestão.)
Tata Junq

Do Projeto, Palavras Ao Vento: Poeminha enxuto.


                                           ( Imagem,via Google.)

No tempo de amar,amar.
No tempo,
cabe
o
tempo,
espaço.
Reduto.
Produto.
A -ÇÃO!
A-MAR!
A-CHAR!

Qualquer motivo,faz sentido.

Tata Junq

Pensamentando com Poesia ( Ao criar,quem é quem?.)

"Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem achei. 
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é.

Atento ao que sou e vejo, 
Torno-me eles e não eu. 
Cada meu sonho ou desejo 
É do que nasce e não meu. 
Sou minha própria paisagem; 
Assisto à minha passagem, 
Diverso, móbil e só, 
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo 
Como páginas, meu ser. 
O que segue não prevendo, 
O que passou a esquecer. 
Noto à margem do que li 
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu."
Fernando Pessoa*****************************!8/09/2018Fernando Pessoa,é ímpar! Atemporal!!!!Tata Junq*****************************

sábado, 15 de setembro de 2018

Pensamentando ...Não "acordem" qualquer ruído! & Musicando





Há de se convir,que vezes,o silêncio,tem "preço único"!

Silêncio,ausência de palavras,mesmo que gritem n'alma.
Silêncio absoluto.
Surdo-mudo.
E ele inexiste.


E sopro ventos,que me atingem,via janela aberta.
Sopro dores.
Sopro amores.
Sopro vaidades.
Sopro silêncio,querendo silêncio.
E insistentemente,sinto cheiro de café.
Deve vir da casa vizinha.
Convido-me a um café solitário.
Solidária a mim mesma.
Disto preciso agora.
Café bem quente!
E ... solidão necessária.

Tata Junq
***E mesmo gostando tanto da música,contrario a "idéia".
Hoje... só por hoje,quero a "solidão" aqui.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Pensamentando & Musicando ... "PROIBIDO PROIBIR" ...



                                          (1968/ Relíquia musical.)

Pode.

Não pode.
Quem pode?
Quem não pode?
O que pode?
O que não pode?
Tem resposta aí?
A minha consciência responde.
A sua?

( Eita "mundozinho-complexo"!!! E,gente-complicada!!!)


Tata Junq

Pensamentando & Musicando : Roda-Viva.

                                            ( Uma relíquia musical.)

Roda-Viva

Roda
a
roda.
E lapideira,
esculpe.
E dói,
feito tatuagem.

Tata Junq

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

DOR-ME-TANGE.

                                                      ( Caras & Bocas da Tata Junq)

Não adormece.
(A dor.)
Nem envelhece.
E tolhe.
E ceifa.
Vampiriza.

Assim,
acontece.

Tata Junq

Pensamentando ...Espelho que espelhas,espelho.

                                                    ( Caras & Bocas da Tata Junq)
Um sopro!

Nascemos.
Morremos.
Como o vento?
Creio que não.

No tempo de nascer,construído foi um ser ligado noutro.
( Filho & Mãe.)
No tempo do morrer,ambos são livres fisicamente.
E há ou houve, um crescer gradativo,emocional e físico.
Uma vida,construída ou a construir,numa grande missão,escolar.
Quem é o professor de quem?!

Vida,é espelho.
Vê-se quem quer.
Espelha-se,quem quer.

Imagem.

E há um dia,da imagem desaparecer.
E no aparece e esconde,todos,sem exceção,não refletirão mais,num tempo qualquer.
( Que nem se sabe,quem o quer.)

O que há por traz do espelho?

Tata Junq
*****************

E,lembrei de Cecília Meireles e seu fantástico poema.
Minha poetisa preferida.

******************

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração 
que nem se mostra. 

Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
- Em que espelho ficou perdida 
a minha face?
Cecília Meireles , Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.