segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"Quem vê cara,vê coração"?! ( Um minuto de sua atenção,por favor.)

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( Imagem,retirada do Google.)

- "Quem vê cara num vê coração!"
(Dizem por aí.)
Eu confirmo.


{Coração,doeu.
Doeu?
Você viu?
Tem remédio?!
Tem.
Não tem.
Tem?
Coração doeu.
E doeu...
e doeu...
A boca abriu um sorriso largo,
disfarçou.
Olhos,não mentiram,
lacrimejaram.}

*********
Relato

Ela caminhou,passos lentos.
Sentou-se,meio que sem forças.
Acompanhei as sequências gestuais ... apreensiva.
Desabou a chorar.
Soluços,como repiques.
Enxugava o nariz gotejante,com as mangas da blusa alva.
Era uma manhã clara,quente.
Tão clara,como a cena impactante.
Olhei para os lados,pra ver se havia mais alguém vendo tudo acontecer.
E havia.
Todos,como eu,sem uma ação imediata.
Levei tempo pra tomar atitude de abordagem ...parecia,que se o fizesse, tolheria aquele desabafo,sem convite à platéia.
Sem jeito,perguntei se precisava de ajuda.
Olhou-me com raiva.
Levantou-se e caminhou a passos largos.
Juro,que fiquei mal. Sem jeito.
Ela fez com que me sentisse uma intrusa,abestalhada.
Nunca mais a vi.
Nem sequer soube o motivo de tanto chororô.
E,sequer a conhecia.
A dor é de quem sente.
Não se mesura e vezes nem se entende.
Quem sabe é o "dono"da bagaça!

Este mês,setembro,é dedicado à prevenção e ajuda aos depressivos,e atenção aos suicidas.
E,é preciso um olhar atento às pessoas.
( `As que demonstram e às que disfarçam.)
Não desdenhemos da dor alheia.
Auxiliemos!
( Sugestão.)
Tata Junq

Do Projeto, Palavras Ao Vento: Poeminha enxuto.


                                           ( Imagem,via Google.)

No tempo de amar,amar.
No tempo,
cabe
o
tempo,
espaço.
Reduto.
Produto.
A -ÇÃO!
A-MAR!
A-CHAR!

Qualquer motivo,faz sentido.

Tata Junq

Pensamentando com Poesia ( Ao criar,quem é quem?.)

"Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem achei. 
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é.

Atento ao que sou e vejo, 
Torno-me eles e não eu. 
Cada meu sonho ou desejo 
É do que nasce e não meu. 
Sou minha própria paisagem; 
Assisto à minha passagem, 
Diverso, móbil e só, 
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo 
Como páginas, meu ser. 
O que segue não prevendo, 
O que passou a esquecer. 
Noto à margem do que li 
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu."
Fernando Pessoa*****************************!8/09/2018Fernando Pessoa,é ímpar! Atemporal!!!!Tata Junq*****************************