(Eu conto ...)
( Imagem retirada do Google.)
Nascido pra viver,mesmo tendo sido socado na barriga da mãe.
Crescido beirando esgoto,hoje cospe sangue quente,perdendo dentes.
Assim,esse franzino desdentado,arqueado,ao chão.
Devedor e consumidor de craque (crack),que um dia sonhou ser jogador de futebol.
Moleque-homem,na marra.
Todos olham a cena,ninguém se mete.
Levanta a cabeça,seus olhos brilham fogo,de ódio.
Longe dele o medo.
Longe dele,os anjos.
Levanta valente,desafiador.
E, no levanta e cai,tomando pancadas,arranha o asfalto
e grunhe como bicho,num último sopro e vai.
Na certeza,ninguém pra lamentar.
O peste se foi.
Assim seu cognome,Peste,da moléstia.
Triste sina,a do Peste.
Tata Junq
Momentos Reflexivos:palavreando, fotografando ... Boca que não cala!Olhos atentos!Coração na ponta da língua! Razão na ponta da língua! Dual criativo,perceptivo ... registrado. No direito ou avesso,emotividade, sensibilidade! Crônicas ou poesias, transpareço! Câmera na mão, transpareço! PENSAMENTAR é: SER CRIADOR, que se faz SER,CRIATURA! É ARTE DO PROSEAR, POETAR, POETAR-PROSEANDO,PROSEAR- FOTOGRAFANDO e,ou MUSICANDO. Tata Junq
domingo, 16 de novembro de 2014
Do Projeto, Alma Feminina: Desistência,abençoada.
( Imagem retirada do Google.)
Em assim sendo,fui.
Segurei alça da mala,rodinhas na ajuda,,,
Parei frente a escada rolante ...mais um pouco eu estaria junto dele.
Observei aquele rolamento,que parecia sugar-me,tremi.
Recuei.
Tinha forças ainda,andei muito rápido,alcancei a rua.
Entrei no primeiro taxi estacionado,certamente ele estava ali,à disposição.
E rezei forte,sai,sai,sai... pra meu destino,voltando pra casaaaaaaa!!!
E nem observei se ar condicionado estava ligado,certamente que estava,e eu ultrapassei limites.
Abri o vidro,precisava de ar,no rosto,no corpo, na alma.
E chorei copiosamente.
Motorista nada entendia ...somente tocava em frente.
Primeira chance de parada no trânsito,indagou:
-Pra onde mesmo?
Eu:
-Pra casa.
-Bairro,senhorita,senhora ...?!
-Pra casa...por favor...por favor ...por favor ...
Ritmado no trânsito,tocou em frente.Quando teve chances,parou.
Virou-se e com muita calma,ofereceu uma caixa de lenços de papel.
Eu?
Precisava de um mata-borrão,pra enxugar minhas lágrimas,todas.
Olhou-me penalizado... eu inda soluçava.
Desceu.
Abriu a minha porta,ofereceu sua mão.
Eu desci maquinalmente. Quando dei por mim,adentrava naquela igrejinha simples.
Sentei-me e ele ajoelhou-se ao meu lado.
Chorei todas as lágrimas ... e ele orava.
Foi assim que conheci,Valter.
Assim conheci o homem de minha vida.
Eu recuara,numa atitude extrema,e de
ir em frente,numa aventura-louca.
Julgando estar perdendo a chance de ser feliz.
E, ganhei a felicidade.
Num jogo do destino,ganhei.
( Uma Alma Feminina.)
Do Projeto Alma Feminina.
Tata Junq
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