quinta-feira, 11 de outubro de 2018

REMINISCÊNCIAS ... "A curiosidade,matou o gato"? Matou a inocência,literalmente.//UM MERGULHO NO TEMPO/ MINHA INFÂNCIA

 Resultado de imagem para corpos do holocausto
(Imagem por pesquisa./ Imagem DOC / Via Google )


                                                  ( Caras & Bocas da Tata Junq)

Parei por momentos,em momento,misto de indignação,pesar e preocupação.
Verificando,desajustes e atitudes de violências e mortes.
E não mais que de repente,fui parar na minha infância.
Poxa!
Como se algo me empurrasse e dissesse : -Você se lembra?
Entra lá!
E desci as escadas,que me levaram ao porão da casa de uma amiga.
Meio escuro ...
E em meio àS tantas cenas,uma tinha de ressurgir na memória.
Minha alma pedia por isto.
E me vi ... junto da amiga,folheando revistas,sorrateiramente ...
Quase nem respirávamos.
Sabíamos do proibido.
Sabíamos dos perigos.
À princípio,não entendia bem as fotos e cenas ...e a língua.
Mas foto é foto.
E denunciavam ...
Não sei como chegavam revistas e jornais ... na certa,no escuro,anonimato.
Escuro como o porão.
Eu uma menina,que sequer televisão tinha ... invadindo um mundo diferente e constatando os
horrores,bastidores do Nazismo.
E,surpreendia-me com corpos empilhados,com rostos transfigurados de famílias...
Havia,dor e medo estampados ...isso lembro bem.
Dos corpos inertes,que apareciam,eram de uma palidez,mortal.
( Não poderiam ser diferentes,não?!)
Eu jamais vira um morto,sequer na vida.
Era brutal a visão.
Sempre que dava,vez ou outra,pesquisávamos,material,que ficava escondido.
Tudo bem,que mais gostoso,era brincar.
Acho,que foi aí que surgiu a mulher investigativa de hoje.
(E quanta diferença,nas ferramentas das observações,do hoje.)
O achado-memória,mais que curiosidade,levou-me à uma visão de repugnância.
Eu sabia,que nada daquilo era certo.
Quem faria isso às pessoas?
Hoje sei.
Ao crescer,também.
Ao estudar,também.
Acho,que é bem por tudo isso,que amo fotos.
Amo as palavras também,evidente ...
Não menciono a Língua dos jornais e revistas,para não denunciar a família e lar que frequentava.
Houve um tempo de segredos ... e, assim permanecerá.
Estarão pensando ... "perdeu o rumo da prosa"?
Não.
Evidente,que não.
Neste emaranhado todo de considerações,penso no poder de mando,que alguém pode ter e no que pode fazer ou influenciar.
E,sinto meu país,entre a "cruz" e a "espada" ...
Vivendo momentos,tentando superações.
Não quero ver ao chão,a dignidade,que um povo merece.
Não quero ver mortes,que já acontecem ...vítimas ao chão ...
(Mais do que já acontece....por "n" motivos.)
Assegurar o direito à vida! Assegurar direitos e deveres de cidadania,é dever do Estado.
E,manutenção de vida,igualmente.
E vejo o Brasil do avesso!
O Mundo do avesso!
Que mortes ocorram,dentro de um "processo natural"... mesmo que em dores.
"MORTE-MATADA",NÃO!
( Somente questão de terminologia,usual .)
LIDERANÇAS,SÁDICAS,outra vez ... JAMAIS!
(Agora,falo,independentemente de valores,políticos,eleitoreiros.)
Os registros,que a História faz,são exemplares,para que tenhamos atitudes pacifistas.
Eu falo de MORTES.
E há as "sem eira-nem-beira",por motivos torpes e vis.
Aquele jornal que vi,quando criança,mais que curiosidade,fez-me alertas ...
- Tá aí,criança ... NEM SEMPRE O MUNDO É BONITINHO!
Eu descobri!

Tata Junq