Vou!
Pra onde?
Vou!
Pra onde?
Vou ...
além de mim,
cantante,
toante,
centopeia,
sapatinhos
nos
pés.
E
vou ...
Pra onde?
Andarilha
sou,
sem
definido
rumo.
Marcando
chãos,
definindo
rastros.
Espalhando
palavras!
Espremendo
emoções,
cuspindo-as,
verdadeiras
ou
inventadas.
Vou ...
sem
dívidas,
penhoradas.
Tata Junq
Nos faróis-de-coragem,depositei um desejo,
que antes,pálido e desconexo.
Quero olhares nos meus,assim como, tão meigos,
estou a espreitar os teus.
Tata Junq
Qual cometa,faço a travessia,incandescentemente,louca.
Vê-me?
Que pena!
( Se não.)
Minha loucura é amor em combustão.
( Não tem cura.)
Tata Junq
Na cadência da vida,não sou samba,sou passista,desritmada.
Amanheço com dores e divagante.
Não quero aplausos de platéia,nem quero brilhos de fantasia ao Sol,que já apontou.
Queria mansidão de passos-coloridos,no vazio da Avenida. E ter forças para garantí-los,até a dispersão.
Pensativa ...
Braços acolhedores para meu fraquejar?
Mais um dia de desafios.Vou amealhando os confetes,as serpentinas,as máscaras,as purpurinas ...e ensaio trejeitos.
Tem outro jeito?
Não carrego um olhar doentio,nem triste,nem contente. Bem aberto,bem direcionado,consciente,mas com brilho reflexo da VIDA,tão linda e operante.
E,agradeço por mais um dia.
Tata Junq
