Pensamentando ...num insite ...

Bolinhas de gude,de mamonas ...
Pipas ao céu!
E sobe,sobe,sobe ao céu bonito de fevereiro.
E as bolinhas rolam,batendo em sequências ...
As mamonas são verdinhas ...
A rua tem crianças ...tem amarelinha pra pular e corda a bater ... "Pula foguinho...é um,é dois,é três!"

O tempo passou ...
Mas a alegria do sossego e liberdade gritam na saudade.

Retroceder no tempo,não é preciso ...
É ter na esperança,dias felizes às crianças,imaginando,que mesmo na modernidade,pais,mães e responsáveis,façam-nas crescer libertas,qual pipas ao céu ... criativas,impulsionadas às cordas da vida,às mamonas,sem violências ... sabendo fazer suas escolhas,ao amadurecerem.
Não há futuro,sem reservas de esperanças ...
Nós que vivemos,sem perigos,em bandos,em alegrias,crescemos e aprendemos a enfrentar todo e qualquer momento da vida,mesmo nas adversidades.
Isto não nos dá credenciais?
Creio,que a liberdade e alegria,são fontes seguras,emocionais.
A maturidade é trabalhada,desde a infância,quando se estabelece confiança e ações exemplares.
Quando há diálogos... quando todos falam e são igualmente escutados.
Onde caibam bons sensos.
E os respeitos?
Cabem a qualquer idade.
Devem ser ativados desde a tenra infância.
Criança bem orientada,é garantia de um futuro social,melhor e justo.
Quando é ensinada,que somos vinculados à limites,na certeza,saberá ter a boa atitude de onde pode "chegar".
Vivas às mamonas,que não matavam passarinhos!

Tata Junq

Pensamentando: O Julgo.

                                          ( De Caras & Bocas da Tata Junq )

Pareceu-me descer ao porão.
Frio,obscuro,pouco ar.
Sombrio como minhas dúvidas e surpresas... alma judia,na consciência do holocausto.
Julgada e condenada.
Quem sabe da alma humana?
Quem ousa roubar o íntimo de alguém,sem saber em que terreno adentra e pisa?!
Quem conhece quem?
Quem é quem?
A alma é minha.
Hoje há um escuro ... sem espelho, que independe do perfil material.
Um silêncio imposto.
Mas ... a consciência,sem gritos,não lamenta.
E inventa,o inventar da sobrevivência.
Para depois,sem saber um quando,subir as escadas,e fora do abrigo,respirar ares de liberdade.
Prontamente,adequar-me,mais uma vez,andarilha ( Porque a vida segue o fluxo.),mostrando não a alma sequelada,que foi,mas o rosto... aí sim,material,sem pesos,sem facetas.
Porque assim sou,verdadeira.
Uma cara só.
E não sou adepta do ensinamento cristão,"ofereça o outro lado da face".
Bateu,levou!
Seja quem for.



* Um ser aprendiz,com minhas verdades ...incomodando e incomodada.
Fazer o quê?
Exatamente agora,nada!
Um passo de cada vez.
Tata Junq

Pensamentando: Tudo por conta da caneca.

(Imagem,via Google.)


Olhei aquela caneca trincada e lascada,com falta de pedaço.
Pensei em colar à princípio ... depois minha mente fértil-criativa,visualizou um arranjo ... achei,que seria bacana ...
Tão bonita ...
Mas a caneca sofreu um segundo tombo.
Que horror!
Aí,caquinhos pra tudo que foi lado.
Bem ...
Com paciência,uma pessoa habilidosa,daria um jeito.
Eu?
Não tenho tantas destrezas com a mão direita,mais.
Faz parte de minha fragilidade.
E sinceramente,se as tivesse ... acho,que faltaria paciência e consciência tenho,que ficariam marcas.
Olhei demoradamente para a caneca,em pedaços ...
E a sensação clara da vida,ficou latente.
Há situações,que não possuem consertos.
Relacionamentos,também.
Quando há "trincos",quebras,por mais que se colem "cacos",deixam de ser perfeitos.
Bem assim,pessoas vulneráreis,que somos.
Se trincamos,jamais seremos os mesmos.
E houve em minha mente,uma puxada de blocos,qual Carnaval ... e pessoas desfilaram,perfilaram,sambaram,com ou sem máscaras.
ALQUEBRADAS e MARCADAS,eram.
Curvadas,quase ao chão,rachadas.
Por mais que eu tenha boa vontade,sei que lá no meu fundo,profundo,jamais serão as mesmas de antes.
Não teria eu a capacitação de consertá-las  ... pior,eu saberia,com meu olhar exigente,sentir a perda do encanto.
Qual minha caneca.
Não falo de perdão,ou falta de amor ... falo de realidade racional.
Também não há extremismo,"oito ou oitenta".
Simplesmente,ou é ou não é.
Trincou,lascou, deixou de ser íntegro,por inteiro.
Pode passar o tempo que for ... qualquer remendo,é marca pra sempre.
Aceitar ou não o remendado e ou,remendo,é opção de cada pessoa.
Não consigo deixar de ter olhar atento e exigente.
Trincou?
Trincou.
Quebrou,quebrou.
O imperfeito,jamais será perfeito.
Restaurações,à parte ... por melhor que sejam,serão denúncia,que houve uma deformidade.
Poxaaa ... não consigo,não ser criteriosa.
Quem sabe em outra encarnação,seja eu mais condescendente.
Nessa não dá não!
Pronto,falei!
Tudo por conta da caneca...
E rio.

Tata Junq

Pensando "cá com meus botões" ... Buscando ...

( Imagem,via Google.)


Um salto no tempo.

Olhei aquela soleira gasta ...
Sim.
Pedras,desgastam-se.
Imagina,tijolos?!
E ...
Imaginei quantos "entra-e-sai" ...
Pensei na validade da vida das pessoas ...

Assim ... tão marcantes vidas,rotas,gastas,ou não.
Um dia,vão embora ... despedem-se.
Se cumpriram destino,não sei.
Mas toda criatura deixa "sua marca".
(Assim como essa soleira,deu conta de tantas passagens.)
Resistente.
(E piso com força de alma ... outra vez na casa de minha avó Helena e vovô Antonio Muniz.
Cada passo...uma lembrança ...)
Nestes dias,entre tantas notícias ... mortes.
À Mídia,reservam-se desgraças alheias.
Ibope é tudo.
( E cá entre nós,a "humanidade" gosta do feio ... nem sempre se compadecem ... ou já se acostumaram a.)
Não vejo notícias de vida e suas alegrias.
Muitos partem jovens ainda ... Outros,com idades avançadas ... Uns com previsões de morte eminente,por conta de doenças,outros,com interrupções trágicas,nem esperadas.
Mas o quê é a morte?
Desde que nascemos,temos nossas sentenças,já declaradas.
Caminhamos pra morte.
E ficamos no velho impasse,morte e vida,como fossem correlatas.
Na verdade,é o acontece e o desacontece.
Marcas ... rastros.
De luz ou falta de.
Acabam sendo como "bússolas",mostrando direções.
Cegueiras não existem.
Começando pelo núcleo família ... a cada componente e convívio.
Depois,tudo se amplia ... bairros,cidades,estados,países ... e também se afunilam.
O progresso faz tudo parecer um acontecimento no quintal de casa.
Todos somos "tijolos",desgastados ou novos ...empilhados,edificando,ou como soleira de entrada ... construindo ou nas desconstruções.
E depende de cada ser.
Tá preocupado?
Não está nem aí?
Ou ... ?
Por você,não posso responder.
Posso dizer,que carrego de minha vó,os exemplos de generosidades.
E creio,que podemos "melhorar" convivências,se colocarmos em prática a generosidade.
Creio também,que o melhor exemplo,é exemplo na prática.
Os vivos,marcam com suas atitudes... os mortos,igualmente,marcaram.
O TEMPO-MEMÓRIA,nunca será ignorado.
Presente,passado,futuro ...
Cada um faz sua história na sua trajetória,curta,longa...sei lá qual...
( E nem pensei em rimar : -ória  ... rsrs ...)
E eu dizia mesmo?
Da soleira e chão da casa de meus avós ... eu sempre busco esse espaço,quando preciso reconstruir-me.
Lá encontro o olhar doce,meigo de Helena,a generosa!


Tata Junq

Musicando & Prosopoetando : Nos contrários.

Túmulo

Nos murmúrios dos ventos,
daria moeda,por cada(seu) pensamento.
No pilão,
trituro,
vagarosamente,
seus sorrisos.
No rio,
entrego
seus pedaços,
que nem sei mais colar.
Nas páginas de meu caderno,
reescrevo.
Rabisco,então
o desejo,
breve,
da noção,
do amar.
No contexto,
somente o fio de meu pensamento,
preso no espaço,
qual pipa no seu limite de linha.
Daria,no entanto,exatamente agora,
uma porção de pedras,
pra enterrar de vez,
o seu pensar.
Amanheço em luto.
Morte ao desejo de
poder te reinventar.

Tata Junq
* Quando criar faz parte.

Do Projeto,Palavras Ao Vento : Das verdades ....

Meia verdade: esqueci de te esquecer.
Verdade inteira: não há verdade.

Parafraseando," Em verdade,em verdade,vos digo..."
(Tão distante de ser Ele.)

De verdades,poucos,dizem-nas tão bem,em disfarces.

Das verdades,todas as dúvidas.

Confuso?

Creio,que tu crês ser verdade.
( A tua.)

Não é verdade?

VER-DA-DE,
VER-DA-DEI-RA.
-EIRA,
-EIRA,
-EIRA,
SEM BEIRA.

Tata Junq

#musicatudodebom Na Partilha.

"Vai tua vida,
Teu caminho é de paz e amor
Vai tua vida é uma linda canção de amor
Abre os teus braços
E canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar,
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol,
Como a flor,
Como a luz
Amar sem mentir,
Nem sofrer

Existiria verdade,
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Compositores: Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

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Como se bastasse,
na canção,
a sonoridade melodiosa,
sua presença,
num tempo,
só meu,
resgate.

Tata Junq