( Desenho via Google. //
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Tripé withcamera Icon.)
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Ela pousou um olhar gentio.
Doce como mãe,recém parideira.
Ninguém viu.
Ninguém viu seu gesto.
Segurou firme na mão do garotinho,como a convidá-lo a brincar,em meio a tantas crianças.
E o levou.
Mas hoje descobriram essa "doente",através de um telefonema anônimo.
Quando a polícia chegou,ela sorriu.
Abraçou seu "suposto filho" e foi logo dizendo :
- Não se preocupem ...eu já o encontrei no parque.
O policial,calmamente,prosseguiu na conversa...
Outros,dissimulavam,pra dar o golpe certeiro,resgatar a criança.
( Assustado,trêmulo,que choromingava baixinho.)
Não foi difícil,resgatá-lo.
Foi então,que ela sentou no degrau frio,num olhar fixo a um ponto qualquer.
Nada mais falou.
Emudeceu.
Olhos vidrados.
Fiz muitas fotos ... e imaginava que registraria olhares doidos,atos desordenados...
Mas ela figurava ali,em olhar perdido e triste.
"Acordei "com o desatino,quando um policial,dizia em voz firme,forte : - mais três encontrados!
Esses, sim debilitados ...
A louca,colecionadora de crianças ... continuou ali,sem revelar qualquer constrangimento ou medo.
Triste ... muito triste ...
Acompanhei sua retirada do local ... nada de gestos extremados.
Havia fomes!
(De amar.)
Haveria razões para serem derrubadas ...
Havia fomes,e barriguinhas vazias ... também.
Nada a justificar ... um quê de loucura.
As lentes focam o olhar perdido.
Não são capazes do filtro d'alma.
Não me comovo.
Não consigo ter pena.
Sou profissional,porém,mãe rendida à raiva ... poderia ser um filho meu.
Sequenciais e rápidas as fotos ... pensamentos a mil!
Entre tantos...
- Miserável!
- Cadela miserável!
Rosalina Freitas
(Uma Alma Feminina.)
Do Projeto, Alma Feminina. / Por Tata Junq
* Rosalina é Nome Fictício.
