( Imagem recebida ...referência,lado esquerdo,abaixo.)
Num piscar de olhos,repousou um ar,ingênuo.
Como se o céu bastasse,o alcance.
Divino instante!
Um meigo semblante.
Cotovelos em apoio,no alambrado da sacada.
Marina estava,novamente em casa.
Não lhe cabe mais sonhar,como nos seus treze anos.
Se pudesse,suspiraria por Paulo,novamente.
(O homem,mais velho,amigo de seu pai.)
Quando esteve em Nápoles,conheceu Lorenzo,que a encantou de primeira.
Sim ... bem mais velho ...
Viveram um romance marcante ...
Mas amor ... ahhh ... o amor!
Nada comparado ao que nutrira por Paulo...
Onde andaria ele?
Morrera?
Não!
Ele mora na Itália.
Na Itália?????
Quem diria ...
Ela nunca soube disto.
Estivera tão próximo dele ... como subir um pé de serra ... e...
E?
Nada,nada sabia dele.
Sorriu,gargalhou ... sentindo o vento morno,daquela tarde.
No íntimo,zombou do tempo,que em tempo,não lhe incomoda mais.
Rei morto,Rei posto.
Matara-o,há muito.
Foi de pouco em pouco,em dores de luto.
Se o visse agora,não se abalaria.
O mito,ficou tatuado no seu diário de adolescente.
Tão só isto.
Suspirou novamente,de forma profunda,com alma apaziguada.
Saiu assoviando uma canção.
Aprendera assoviar,com Neto,seu irmão.
Ousou sapatear,mas estava destreinada.
Assim também a arte-de-ser-feliz.
Sorriu,novamente.
Valseou pela sala e jogou-se no sofá... aos olhos atentos de Jussara,que não entendeu nada.
( Avisando que,logo mais,serviria o café da tarde,se assim o desejasse.)
Do Projeto, Crônicas Esparsas.
Tata Junq
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