sábado, 5 de agosto de 2017

Assim ...sem eira nem beira ...palavras ...ao léu.


Se canto,encanto?
Sei que bordo meu manto.
Sem coroa,
sem reinado.
Não sou rainha nem rei,
sou
forma,
sem forma,
por agora.

Sou gota de chuva a declinar
na tarde fria de inverno.

Não sou tua.
Nem tu és meu.
Que importa?

Nada importa,
na orla triste
do céu,
como mar
cinzento.

Nem sequer
importa o
vento.

Sou graça,
sem graça.
Única.

Não sou rainha,
és rei?

Que importa?
Tudo e nada,
na convergência,
tangente,
sem elos.

Tu és rei no seu mundo.
Rainha sou no meu?

Sou plebe,sou mato,sou terra,sou chão.
Ou, cacho de bananas,que foi plantado,
sem coração.

Tata Junq

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