( Imagem por pesquisa. / Google.)
Ela subiu as escadas,virou à direita,rumo ao quarto no escuro.
Assim também no escuro,sua alma.
E no breu da desordem,passou primeiro ao banheiro.
Esvaziou armário ... todos os tubos de barbitúricos e ansiolíticos.
Não acordou mais.
Dormiu em sua dor,qual cama de mármore mortuária.
Fora bela.
Fora sorrisos joviais,largos e felizes.
Um dia,amanheceu muda,sofrida.
Ninguém entendia a razão e sua posterior depressão.
Florisbela,a bela,não dançará mais.
As sapatilhas foram colocadas,cuidadosamente em seu caixão.
Um véu tênue,cobre seu corpo e rosto frio e sem cor.
Florisbela,morreu de amor?
Há burburinhos ... e supostos palpites.
Eu olho,ainda incrédula,pra essa criaturinha,que vi crescer.
Tão graciosa,amável e delicada.
Flutuava ... em suas apresentações. Parecia não fazer esforços,com sua técnica aperfeiçoada.
Anos de trabalhos exaustivos ...
Tão bela!
Tão doce,Florisbela!
Dói-me a dor de sua mãe,inconformada,dizendo palavras desconexas.
Saio,sem ser percebida.
Desço cada degrau,com pernas pesadas,como minha alma.
Alcanço a calçada, cansada da noite mal dormida.
Tento ter um olhar para esse amanhecer,que me é imposto.
Ajeito o óculos e sigo.
Janice
( Uma Alma Feminina.)
( Do Projeto,Uma Alma Feminina. // Por:Tata Junq.)
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