Poderiam ser Maria,Joana,Renata,Francisca ...
Mas Regina sentou-se prum café,depois de um encontro casual,no shopping.
Entre tantas lembranças de nossa mocidade,ela parou num momento de falar.
Seus olhos perderam-se no vácuo,e carregaram-se de lágrimas.
Depois me encarou e indagou:- Lembra-se do Rogério?
- Nosso amigo,da rua Treze?
( Indaguei.)
- Sim ... ele mesmo.Reencontrei-o.E julguei que teria resgatado nosso amor,antigo ...
E estalou os dedos,ilustrando o tempo decorrido.
Então falou-me dos sonhos e tempo dividido.
Então, também me disse,que fora a "outra",durante muito tempo.
Perguntei:
- Você se sujeitou?
E blá,blá,blá ...
Parece uma história conhecida.
Não?!
Aquele camarada,que diz não se desvencilhar do casamento,por conta de "n" motivos ...
E,nunca sai do "muro".
O tempo corre,a vida segue, planos fracassam,desordens internas,sequelas de que esperou por um
tempo definido,e bem indefinido,fora.
Assim ela,aqui diante de meus olhos.
Enxugou umas lágrimas e sorriu.
- Venci,minha amiga. Eu consegui um rumo novo,sem ele. Foi um basta sofrido,mas carregado de coragem. Estou bem,agora. Disse não às ansiedades,às esperas,às ilusões.
Quando nos despedimos,ela ainda voltou-se,e sorriu dando um "chauzinho-básico".
Pareceu-me,semi curada ... porque vi ainda dor em seu depoimento.
Fiquei um tempo ainda sentada,resolvi pedir outro café e comer algo.
E,ruminei pensamentos.
Quantos engabeladores,covardes,existem por aí!
Quantas mulheres fragilizadas ...
E,não vamos também esquecer das mulheres,engabeladoras.
Porque existem.
Entre um gole de café e outro,vi um casal passando ... mãos dadas,envelhecidas.
O que coube a eles,no decorrer da vida?
Nada sei,no entanto.
E,fico na torcida,para que as pessoas,dependentes emocionais,tenham "portos seguros",suas dignidades!
E vivam!
Porque a vida segue,em ofertas.
É ... bem isso!
Sem julgamentos.
Tata Junq
*** Quando Criar faz parte.
Qualquer semelhança,real ... é mera formalidade.
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