Parei por uns momentos ... toquei-me no tempo,inverso.
Corri pra trás.
E associei ... flores e músicas.
E tudo "casa" bem.
Bem eu.
Música,flores e palavras.
E redemoinhos no tempo ... e tantas coisas,fatos,pessoas ... viver é mesmo mágico!
Lembrei-me desta canção,que registro agora.
E me esforço pra lembrar,quais flores,foram ao chão.
Bloqueio na memória.
Mas a cena,lembro-me bem.
O portão ficou entreaberto ... de costas ele estava,e não virou para um último olhar ou aceno.
Que bobagem ... como pensar agora na probabilidade de um olhar ...
Não sei avaliar o sentimento dele naquele momento ... posso tentar calcular.
De costas,jogou as flores ao chão.
Até a cor do casaco lembro.
E não posso esquecer de cada encontro,suas chegadas com flores na mão a me ofertar.
Romantismo.
No chão sua frustração.
Antes de dizer-me: - Um dia você descobrirá a verdade ...e o tanto que amo você!
Foi o último olhar trocado e palavras.
Não descobri onde estava a verdade. Não paguei para ver,como dizemos.
Ouvi boatos,alguns fatos,algumas notícias ... alguns questionamentos por parte da família dele.
Mas dele,nenhum sinal mais.
Creio que naquela época,orgulho ferido masculino,pesava muito.
Sofri,sofreu.
E a vida seguiu rumo ...
Eu já amava flores ... e sempre digo,desde menininha.
Eu as comia também e cantarolava,descompromissada.
Disfarçada.
(Também... diziam.)
( A família conta ...ou contava.)
E cresci transparente em minhas atitudes,sem rodeios.
Amo flores,sim.
Amo músicas,sim.
E muitas me lembram o namorado,que ficou perdido no tempo.
Sei que,das flores,ele as colhia ao longo do percurso,para chegar em minha casa.
Gostava de cantar e dançar.
Eu também.
Boa lembrança de um tempo de amor,música e flor.
Bem assim a vida,vivida de fato.
Tempo marcante e marcado.
Deixo hoje,um sorriso leve e grato a você, Antonio Carlos!
(E que chegue onde estiver ... encarnado ou desencarnado.)
Tata Junq
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