( Imagem por pesquisa. / Google.)
Pisei nas areias grossas,fofas,frias e recheadas de conchas.
E o mar dançava espumante, um verde estonteante.
Entre cuidados para não ferir os pés,busquei o garoto-dos-sonhos.
O coração palpitava,os cabelos voavam ao vento.
Era uma tarde de um junho,meio frio,meio sonolento,mas belo.
O mar não acinzentou,mesmo sem incidência do Sol.Era verde,limpo.
Limpo e delicado,.como minh'alma sonhadora.
Andei muito ... pés doídos ...
Vi o barco atracado,no abandono.
Ele não estava.
Não bebi seu sorriso manso,leve.
No quiosque,somente duas pessoas.
Sentei-me ... baforei um cigarro de cabo a rabo ,perdi-me num tempo de espera.
Eu retornaria à minha cidade.
O pescador encantou-me.
(Como um deus-do-mar.)
De seu sorriso,encanto.
De seu olhar sereno,encanto.
De seu corpo suado-bronze,encanto.
Vi-me em redes,cativa.
Palavras não foram pronunciadas,durante qualquer dia,de minha estadia.
Dos olhares discretos dele,os meus fortuitos.
Guardo seu último sorriso,em conchas.
Seu nome?
Jamais soube.
Em minhas lembranças,chamo-o de Garoto-do-mar.
E lá se vão,tantos anos ...
Guardo seu sorriso em conchas,qual pérola rara,na caixinha das recordações
Vezes a abro,para não deixar morrer,essa doce-sonhadora-menina,que ainda,discretamente,vive em mim.
Donizete
( Uma Alma Feminina.)
Do Projeto,Alma Feminina / Por Tata Junq
Sem comentários:
Enviar um comentário