( Imagem,meramente ilustrativa,retirada em pesquisa,no Google.)
Pensou que o Mundo fosse uma caixa de sapatos,guardou as chuteiras,rotas no tempo,colocou os chinelos de borracha,como cachorro,mijou na caixa e gargalhou por uns segundos.
Desdenhoso,como o lobo,na fábula das uvas,olhou pro céu e fingiu ser forte.
Veio a chuva-das-lágrimas,perdido por sair da rotina de tantos anos de trabalho.
Deveria estar feliz. Tem medos,no entanto.
Passa a mão no rosto,procurando as marcas da velhice,mas encontra a barba por fazer,sentindo-se culpado de seu desleixo,permitido por hora.
Pensou em sair,dar umas voltas,ao menos pelo quarteirão.
Desistiu da idéia. Como misturar-se às crianças do prédio,ou das ruas?
Muita diferença nas idades....
Frustra-se novamente. Os adultos,estão trabalhando.
Os jovens,devem estar nas escolas,para ganharem o Mundo.
Envelheceu ... viúvo,com filhos em outros países.
Morreu um pouco de si.
Aposentou-se.
Agora, a batalha é outra,aceitação.
Quando viu,estava no parque.
E,descobriu nos rostos das pessoas que por lá estavam,algo de alegria,serenidades.
Uns liam,absortos. Outros,dialogavam. Outros exercitavam-se.
Outros desfrutavam do calorzinho,largados,qual lagartos.
Enxugou as lágrimas,sorriu meio que amargo ainda.
Estava vivo, impactado,apenas.
Impactado.
Pertencente ao Mundo-dos-ignorados,ignorante administrador daqueles dias,primeiros,livre das obrigações do Gabinete.
Eureca!
A vida tinha sido ligeira.
Tata Junq
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