Sentei-me no asfalto , gélido ,cansada de percorrer descalça a avenida.
Desnuda de mim , passo a passo , pisoteei qual égua desvairada , num
trote compulsivo e louco , tudo que vinha à frente.
E pisei sonhos , e deixei frangalhos.
E , pisei regras , desafiando-as.
E contorcionei alma , em rodopios incertos.
E , chorei ... chorei ... chorei pela morte do amor.
Por ele passei , indiferente , dura , tão avesso de mim.
E não foi preciso buscar o espelho d'água , pra mirar meu rosto contraído e embalsamado.
Morro lentamente ... sem argumentos ou lágrimas e vou ficando , aqui , exposta.
Sou resposta!
Tata Junq
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