Sorrateira,ponta de pés,faço meu caminho até você.
Não há luar na madrugada,triste caminho,esta estrada.No silêncio,meu silêncio.
No silêncio, a saudade-teimosa.
Na saudade-teimosa,um imenso amor.
Cruz-das-almas,pousada além do alambrado.
Curva sinuosa à direita.
Olhos de gato no chão.
E eu,temo mais a sua indiferença.
(Ela é placa de proibido ultrapassar.)
Tão longe, o meu sonhar...
E, chegando,espio pela janela,velo seu sono.
Não ouso entrar.
Sombrio retorno...percurso de mim mesma,em cada ponto da estrada.
Em meu leito,espalho sonhos reprimidos e cubro-os...
(E,deixo-os escondidos.)
Amanhece,devagarinho.
O relógio está preguiçoso,minha mente,
sonolenta,cansada ...
E,meu coração?
Enveredou-se no calvário,mas não pára,chora ... assim,tão estúpido.
Tata Junq
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