CAÇADORA DE MIM
Corro, adentro às matas de meu ser, vezes tão obscuras,sombrias ... e enrosco-me em cipós bravios.
E presa,reluto,reluto ...
Quero ver o Sol!
Quero verter, mar!
Quero respirar serenos!
Quero correr ao vento ... e nos rodopios, tufões de mim, sei que nada ganho.
Quero ser na sombra,pasmaceira,eu, pacificadora de mim.
Ando ainda desencontrada.
Falta um num sei o quê(vezes não consigo definir).Mas há um desejo sem fim,o amor de mim,por mim.(Tão difícil de cultivar ... por tanto te amar.)
E,nos laços de mim,sei que existe um alguém que deixei pra trás ... se chegará, ainda não sei.
Se chegou,como não pude definir?
Ahhh ... nesta vida não!
As raízes de mim,sabem que não!
Essa ânsia louca,faz a loucura de mim!
Dilacero o ser que sou, vertente-amor,na lança,lançada.Sangro exaurida!
Como fera ferida,escondo-me dos abutres que querem me devorar.
E,camuflada,sobrevivo,nem ouso mais nenhum gemido.
E dói ... e dói ...
Corajosamente,cutuquei a dor ... e descobri, entre tantas coisas, que a solidão de mim, não me basta,anseia ainda,em buscas,o amor.
Se doidice, não sei ... mas há certezas latentes,ele já existiu.
Em qual vida?
Uma Alma Feminina / Projeto "Alma Feminina"
Tata Junq
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