Andarilha
Sigo, transito,
na esfera-espera.
No jogo
da
vida
e
morte,
ainda
piso
e
deixo
marcas.
Entre:
girassóis,
(com
ou
sem sóis)
giro,
desviro,
permaneço.
Entre :
nuvens,
sem
ventos,
levito,
pacificada.
Entre:
cantos,
adormecidos
ou
sonoramente,
acordados,
ainda
durmo
e
sonho.
Entre:
águas,
de
rios
ou
mares,
forças há
nas
braçadas,
ritmadas.
Entre:
janelas
abertas
ou
fechadas,
visões
do
tudo
ou
nada.
Entre:
marés,
tormentas,
águas obscuras
ou
límpidas,
há nítidas,
visões.
Existo,
insisto,
caminho...
Indeléveis-marcas...
Entre:
sorrisos
marcados,
marcantes...
olho o Mundo,
ainda
com
coragens.
Entre:
gente,
amo,
sem
constrangimentos.
Sou,
fui,
serei:
pedaços
e inteiros.
Por hora, desestruturo a semântica, a lógica de um texto,e construo: o fim, o meio e o começo.
Sou:
andarilha de mim!
E, as águas nos pés, fazem-me viva,semi-inteira.
E, é doce andar em águas salgadas, num sonho bom.
Entre:
construção
e
desestrutura:paradígmas.
Sou:
águas límpidas,
em
águas salgadas,
do
agora.
Sorrio!
Sorrio!
Sorrio!
E,
sem perigos,
mergulho
em
mim...
E, agora só há um eu ...
deixei de ser, nós.
(Desatando os nós.)
Tata Junq
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