O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
A Dependência Química é uma doença tratável, mas crônica, progressiva fatal se não for detida a tempo. Afeta o indivíduo em todos os níveis do funcionamento biopsicossocial, e mais a família como um todo. Prazer inicial do uso do álcool ou das outras drogas acaba em dor emocional. O uso, antes prazeroso, torna-se inevitável e aumenta gradualmente até que o indivíduo não consegue mais controlar o consumo. Aparecem transtornos nas áreas física, emocional, social, intelectual, profissional e escolar, associados a sentimentos de culpa, vergonha, raiva, medo e arrependimento, sendo o prazer cada vez menor e o sofrimento cada vez maior.
As suas características estão definidas pelo CID 10 da Organização Mundial de Saúde, assim como pela Associação Psiquiátrica Americana, através do DSM-IV - Manual de Diagnóstico Estatístico.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA?
Compulsão - é um desejo/necessidade praticamente incontrolável de beber ou consumir drogas. Atua na área Física/Emocional do indivíduo.
Obsessão - a finalidade da sua vida é só uma: consumir álcool ou drogas seja a que preço for, perdendo a capacidade para medir as conseqüências, minimizando-as através de racionalizações, negações, etc.
Perda de Controle: A partir do primeiro gole ou "sessão" o dependente deixa de controlar o uso da substância. Com a progressão da doença ele adapta a sua vida ao consumo da droga/s de escolha, perdendo a capacidade para desfrutar prazerosamente as vivências mais simples, sem estar sob o efeito da substância: "VIVE PARA CONSUMIR E CONSOME PARA VIVER"
QUAIS SÃO AS FASES DA DOENÇA?
Inicial: Alta tolerância. Poucos prejuízos físicos ou emocionais. O relacionamento com família, amigos, profissional ou escolar não é afetado. O consumo, mesmo reduzido, leva a uma sensação ilusória de prazer.
Intermediária: Quase sem se aperceber, aumenta o consumo de álcool ou das outras drogas para obter o efeito desejado. Se o indivíduo interrompe abruptamente o consumo de álcool ou outras drogas sente inevitavelmente sofrimento físico e emocional. É a chamada "Síndrome de Abstinência". Nesta fase a doença já está caracterizada, e por mais que o indivíduo deseje e queira controlar o uso ou parar de usar, o sofrimento físico e emocional da abstinência é tanto, que a torna impossível de ser mantida. Já precisa de ajuda técnico/profissional para fazê-lo.
Final: É a fase do isolamento. O indivíduo isola-se da família, amigos e colegas de trabalho para poder beber ou usar drogas. Normalmente abandona os estudos, deixa de progredir profissionalmente, chegando não raras vezes a perder o emprego e ter problemas policiais. As suas perdas e prejuízos são significativos. Sente-se irritado, tem atitudes agressivas, deixa de sentir prazer e alegria. Está sempre depressivo e só tem sofrimento. Se a doença não for detida, ele morrerá precocemente.
A dependência química é a doença da negação. Apesar de estar cheio de problemas em todas ou na maior parte das áreas da sua vida, o dependente sempre nega que tenha um problema e dificilmente aceita ajuda.
Técnicas terapêuticas de intervenção quebram a referida negação, levando o dependente e a família a procurar ajuda profissional para se tratar e entrar em recuperação, tornando-se um cidadão útil e produtivo através da abstinência do consumo de substâncias psico-ativas e da mudança de estilo de vida.
Este trabalho é feito com ajuda técnica de uma equipe multidisciplinar.
QUAIS AS SUBSTÂNCIAS QUE ALTERAM O ESTADO DE HUMOR E GERAM DEPENDÊNCIA? -
As mais comuns das 25 substâncias psico-ativas que alteram o estado de humor e provocam dependência, são as seguintes: Álcool, Psico-Fármacos, Alucinógenos, Cafeína, Heroína, Crack, Solventes (Colas), Nicotina, Cocaína, Cannabis, Haxixe, Ecstasy, Benzo-diazepínicos, Moderadores do Apetite.
COMO IDENTIFICAR UM POSSÍVEL CONSUMIDOR DE DROGAS OU ALCOOL? -
Verificando se há: Mudança brusca de comportamento. Isolamento da família. Irritabilidade sem motivo aparente. udança nos hábitos de dormir, alimentar-se, de higiene e vestuário. Quebra de rendimento escolar/profissional. Alteração do estado emocional (humor, euforia, depressão, insônia, etc.).
Mais informações: http://www.valedospinheiros.com.br/
Colaboração dos acadêmicos de Economia 2007 da Unioeste/Cascavel:
Ezequiel Schlichting
Douglas Patrick Cracco
Alexandre de Souza
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