quarta-feira, 1 de julho de 2015

Na certeza de ser filha dos ventos e águas ...















( Imagens clicadas por um amigo,Ibide. )

Andando na praia,descobri que tenho pernas,pés e sensibilidades.
Bom isso?
Sim,não,talvez.
Importante foi adentrar ao mar,sentir-me vivamente,Mãe,que NÃO das Águas.
Tendo a certeza de ser filha,Dela.
E o mar lavou meu corpo,minha alma.
Juntou-se a ele,os trovões de Iansã,a espada de Ogum,os cantos das Sereias,a formosura de Yemanjá,a força de Netuno,guardião.
Eu pedi meu livramento,cabelos ao vento.
Senti-me guerreira.
Na certeza que a isso vim: no canto das palavras,não sou rede,sou liberdade!
E minh'alma canta amor ...mesmo pisando e enfrentando qualquer dor.
E os sorrisos?
Não os enterrei nas areias ...fazem parte de mim,como sempre digo,passaporte das alegrias.

Tata Junq

Do Projeto,Alma Feminina,Uma alma feminina,Isaura e sua fé.


                                                 ( Imagem por pesquisa no Google.)

Comecei assim aquela canção noturna,ao piano,meio que desajustado...
mas meu piano,amealhado como tesouro familiar,na partilha de bens.
Ele foi de minha bisavó.
Emociono-me ao sentar,tocar os pedais,tocar meus dedos finos, que herdei dela também,nas
teclas frias.
O coração é aquecido,a voz mesmo embargada,também se aquece aos poucos e aos bocados,
a alma deita no colo,num sono-sonho,profundo,inimaginável.
Canto amores.
Canto louvores, ao meu Deus,que me resguarda.
Comove-me também a fé,herança que ficou,em minha formação,desde menina.
Tardes,de ensaios na nossa sala,repleta de amigos, o nosso Coral.
Tenho dificuldades para andar,agora.
Não tenho podido ir à Igreja. Mas teimo o suficiente,pra tocar os pés nos pedais.
Minhas mãos,continuam,treinadas que foram... minha voz já é trêmula.
Mas meu Deus,vê-me com o calor do princípio,carregado de amor.
E sei que o será,igualmente,no meu fim.
" O Senhor,das paragens,seguem-nos...
O Senhor das verdades,fazem meus caminhos,brandos...
Nas tempestades,é ninho...
Nas lealdades,pão.
O Senhor é caminho,aliviando a dor...
O Senhor é amor...
O Senhor é amor ...
Amor..."
E,choro feliz,porque nesta vida,herança maior, o semear do AMOR .
( Uma Alma Feminina / Isaura. )

Do Projeto, Alma Feminina, A Fé.

Poetando ... SE ...




Se há poesias,
há mãos.
Se há coração,
dormiu
nas
palavras.

Tata Junq

terça-feira, 30 de junho de 2015

Pensamentando & Musicando : O caminho,leva-me ...

                                           
                                                       ( A imagem, por pesquisa no Google.)

Há caminhos ... a percorrer, ainda?
Qual garantia?
Se fosse o derradeiro,queria assim marcado,folhas ao chão.
E olhar sem alcance,neblina...para surpresa do depois.
Não gosto do gosto do previsível,nem das marcações estreitamente objetivadas num fazer.
Planejamento de ações,perde-se,como se olhássemos um baralho com jogo de cartas-marcadas.


Gosto do espontâneo,do inesperado...
E, fala a canção,que veio à minha mente agora...
Uma juventude esvaída ...
Uma velhice ...um freio,que uma hora será puxado.
Não pularei folhas mortas...quero sentir,ouvir o farfalhar aos meus pisados ...como fossem marcas de minhas conquistas,lutas e também,perdas.
Assim gostaria da ida sem volta,bucólica,com sabor da saudade,cheiro das verdades,mansidão ao observar das flores,que naturalmente,serão ressemeadas.
Um traçado a cumprir,sem medos,aceito plenamente.

Tata junq


segunda-feira, 29 de junho de 2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Poetando : Em Alma.

           ( Por pesquisa / Imagem do Google.)

A Lua
sangra.
Meus pensamentos
brilham.
E qual lobisomem,
uivo.
Solitária,
no cemitério
d'alma.

Tata Junq

Musicando a vida & Pensamentando : No poder do poder,poder. ( rsrsrs...)



Há canções,que de tão belas,viram flores,relvas,ventos,brisas,cafés quentes...rsrs ... e reorganizam todos os sentidos.
Meu ser é tocado por canções.
Elas são memórias.
Estou procurando um novo motivo,talvez o fato de reencontrar um amigo.
Há elementos surpresas em nossas vidas.
Bom quando são bons.
Bom,de bom,igual doce bombom.
( risos,novamente.)
Quer saber?
Já chorei,já sorri... com lindas canções ...numa agudez,incrível.
E penso,que melhor seria somente,rir,sorrir por lembrar de motivos,lugares,pessoas .
( Nem sempre é possível.)
Mas respiro canções,mesmo assim.
Degusto canções.
Ouço-as,com entranhas.
E, amorteço o cérebro,qual ópio,e mergulho na sinopse,achando,devastando,sentidos.
Quanto ao coração,acelera,enfraquece, arritmicamente ...vezes,adormece.
Assim-assim,tudo acontece.
Hoje já chorei,sorri,devaniei.
Cantei,sussurrei,falei sozinha ... e busquei na memória,mentiras que escutei.
Bom mesmo é saber da dor do chicote,e arrumar amortecedores para golpes,pra que não haja,sequer,um talvez.
Ahhhh ...a música aqui,é linda mesmo!!!
E,eu queria vivenciá-la ...por anos,anos,anos... aqui,além.
Sonho-de-consumo!!!
( Vou rir novamente ... noutra encarnação? Quem sabe?!)

Tata Junq

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Musicando a vida : Vento.



Bem assim,tão forte,tão vento,todo meu sentimento,rompido como velas de barco.
Vento ...
Fortaleza de mim ..

Tata Junq

Na prosa-poética : Mulher.

                                    ( Via Google.)

Onde agora,asas de Anjo?!
Se trago no peito ardências de trevas?
Se sinto seus beijos,palavras obcenas ao ouvido... ou a visão de seu corpo nu,exibindo-me formas?
Beijos roubados?
Mãos atrevidas?
Não posso ser anjo,
nem mesmo demônio.
Só mulher,
sem
domínios.

Tata Junq

Do Projeto Alma Feminina,Invernar.

   ( Imagem via Google.)

Entre outono e inverno,gelo.
( Gelar,sem vestígios da neve,ou gelo.)
Minha boca é quente,no entanto,ao proliferar seu nome,em vão.
Minha boca,meus pensamentos.
Meus pensamentos ao chão,como folhas mortas ...tombados,sem ressonâncias.
Diapazão inútil,medo que me cerca.
( Perdeu-se a melodia.)
Medo da solidão que avança,qual gélido vento,noturno.
Você deve dormir,enquanto choro,na tristeza do abandono,de mim,na calçada fria.
Fomos dois colados,no verão que se fez,fora de época.
Sol,mar ... num sonho bom.
Inverno pensamentos e tormentos,por agora.

( Uma Alma Feminina.)

Tata Junq


Pensamentando...pensamentando ...

                          ( Imagem retirada do Google.)


Vezes sou eu,na quentura da cama,entre ursos,lamparinas,sonhos.
Na paz,sem noção das imagens,registros ou lembranças.
Semi-morta.
Apenas uma gata viva,Bibi,de plantão,cuidando de minha segurança.
Ahhhh ...gata!!!
Poderia vigiar todos meus passos e me livrar de enganos.
Tem dias que as tristezas tomam conta.
Os enganos propiciam vezes,dores intensas.
Sem revoltas,dizem que são lições,mas estou cansada delas.
Engano meu,ao pensar que não houvessem enganos em atos,fatos,sonhos propostos.
Enganos!
Sonos!
Sonhos!
Vida!
Quero dormir,guardando todas as lágrimas.
Bibi!!!!
Vigie,pra que nenhum fantasma,espie-me.
Quero paz,por hora.

Tata Junq

terça-feira, 23 de junho de 2015

Musicando & Poetando OUSO.




"Quem tem coragem de ouvir...amanheceu o pensamento ...que vai mudar com seus moinhos de vento ..." ( Diz a canção.)

***EU OUSO***
Medir novamente,
sua mão e a minha.
Minha pequena,
 pouso de emoção grande,
na sua gigante,
em sonhos.
Por hora,vazias,
gélidas,
qual mármore,
em
túmulo.
Amor morto,
antes
de
nascido,
renegado.
Em segurando
a
minha,
esperança
sequestrou.
Ousou matar,
o que de mim,
mais bonito,
amor.
a
perpetuar.

Tata Junq

* texto inédito,aqui agora escrito./ via Youtube/Barão Vermelho/O Poeta está vivo.
24/06/2015

domingo, 21 de junho de 2015

MARAMAAMAR


.
                                             ( By Tata Junq / Bertioga.)


A-mar
Mar-A
AMAR
Simples.
Sereno.
Belo.



Tata Junq

08/06/2015

Eu conto ...ELES.

                                                    ( By Tata Junq.)


O céu de um azul intenso,torna-se púrpura,circula,enquadra corações,pulsantes,mais que as medidas corretas,120 ...
( Calculo.)
Assim eles,tão próximos.
Pude vê-los,amorosos,à distância,no mar.
Havia uma volúpia no ar ...
Depois braçadas,rodopios,qual golfinhos e a alegria tomou conta.
Constatei os risos,as vibrações que emanavam.
Lado a lado.
Fez-se momentos de ímpar beleza.
E a vida tornou-se intensamente bela.
Eu? 
Abracei o encantamento e segui pisando a areia úmida da praia..

Tata Junq

Poetando:Fomos.

                                 ( Autoria: vide assinatura.)

O tempo
é rumo?
Rumo no tempo,
que me cabe,
descruzo as linhas
do
acaso.
Num breve estar,
fomos,
sendo
um
colados.

Tata Junq

04/06/2015

Poetando: INSTANTE.

                            ( Imagem / Assinada / Autoria.)

O olhar cruza,
sem fronteiras,
uma,
duas,
bocas,
calam-se,
num beijo
profundo,
profano,
sem
enganos.

Tata Junq

04/06/2015

Do Projeto,"Conto um Conto": Cigana.

                             ( Imagem / Autoria com assinatura.)

Por mais um dia sentou-se à mesa,toda produzida.
Assim fazia,no cômodo pouco iluminado.
Profissional, na leitura das cartas.
Bonita ela,viu?
Olhei-a pela fresta da janela.
Estava mais séria do que o habitual.
Tentei entender a carta que ela observava.
Senti o tremor de suas mãos,seu nervosismo.
Sempre soube que antes dos atendimentos,ela checava sua vida.
Marianinha das faxinas,dissera-me.
Bom ... alcancei a rua,estava na minha hora,acabara o meu expediente.
Mal andei uns metros,escutei um tiro.
Parei e vi todo o tumulto,um corre-corre danado.
Logo,fomos impedidos de chegar perto.
Vi o SAMU retirar o corpo apressadamente,com todos os procedimentos,na tentativa de mantê-la viva.
Ouvi a gritaria ... Ela se matou,ela se matou ...!!!!
Que viu nas cartas?
Por que abreviou a vida?
Sabe-se Deus!
Morreu de fato?
Estou perplexo,passado e plantado aqui na rua,como a árvore,em que me apoiei.
Que mundo tosco,camarada!
Que gente doida,cara!
(Homem X)

Tata Junq

Projeto,Conto um conto: Ele,o do nariz vermelho.




                            (Imagem tem assinatura/ Autoria)                




Há quem se olha no espelho,mirando-se bem fundo.
E,descobre-se "BOBO DA CORTE".
Risos provocados,provocantes,provocadores.
E disfarçando a vida,diverte o outro.
E,chora em seu íntimo,cabisbaixo.
Solitário,quebra a solidão,do outrem.
E,morre aos poucos.
E, dá bocados recheados,na insensatez de suas próprias migalhas.
E vai,dias pós dias,disfarçando a dor-de-si,consolando,distraindo a alheia.
Assim ele.
Tão atento de si,naquele momento-espelho.
Vejo-o na Avenida da vida,todas as manhãs.
Sei que vai cruzar rua,andar mais um quarteirão.
Estará no pavilhão dos enfermos,condenados.
E brincará de feliz,fazendo a felicidade de muitos,nas sabidas argumentações,canções ...porque de quebra,tem um violão... e uma voz linda.
Ele,o do nariz vermelho.
Deveria sorrir pro espelho,mas não pode enganar-se.
Desde que soube da vida comprometida,comprometeu-se a tentar consolar e incentivar todos,condenados,sem curas.
Ele sabe de seu fim e dos outros.
Mas enquanto vivo,sacode a morte,arrancando sorrisos.
Observo-o todos os dias.
Hoje,ele tem o nariz vermelho,antes do nariz vermelho ...sei que chorou.
Sei da morte da garotinha,Isaura da Veiga.
Afinal,também trabalho na recepção.
Todos os dias,vejo seu semblante sério,transformar-se,e torço pra que ele chegue,que supere mais um dia.
O Bobo da Corte,tem um nome comum,José.
José,o do nariz vermelho,que carrega o violão,que canta vida,enquanto morre a cada dia.
Lindo José.
Lindo ser.
Lindo homem,mesmo tão magro.
Quer saber?
Quando,na primeira chance,vou abraçá-lo,mesmo que não consiga dizer nada.
Mas colocarei o nariz vermelho,que guardo na gaveta ... e,quem sabe arranco dele um belo sorriso.
Ele nem sabe,que também lhe fiz uma canção.
Amanhã,hoje?
Sei não ...tudo resolvido.
Partirei pro abraço.
Depois eu conto.

( Mulher X.)

Tata Junq

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Varredura de mim.

                                                        ( Escolha por imagem / Google.)

Quem me dera ser vento,varredor de tormentos.
Mas sou vento-causa,girando,carregando pensamentos soltos,ilógicos.
Onde chegam,chegam,derrubando,qualquer argumento.
Ciclones,imperfeitos,em minha cabeça de cocô.
Espalhando merda,fedendo,desnorteando.
Expurgados,dilacerantes.
Intrigados,intrigantes.
Cruéis,sem serem maldosos.
Penetram na mente,saem pelos pés,teimosos, que ainda andam sem rumos.
Sustentam um corpo e alma,sem serem par.
Nem ímpar!
Nem tudo.
Um nada?
Um vértice,sem centro.
Pião.moinho,redemoinho,furacão,ciclone,
destruidor-de-mim.
Fica ao chão,na sobra,
um ledo,coração.



Em dor,poetando às avessas.

                                   ( Do Projeto Fotográfico:" Um olhar,tão meu" / Tata Junq )

Em rios,os prantos ...
Desembocarão no mar,
amplitudes,
cursos,
sem rumos,
perdidos.
Assim
a
dor
que sinto.
Tão tamanho,
tão profunda.

Täta Junq