terça-feira, 18 de agosto de 2020

PROSOPOETANDO: Lembrança-doce.



 Ahhh ... coração noturno!

Respiro véus.

Asas ao léu.

Ahhh ... coração cigano!

Repouso na lápide,

enterrados,tantos sonhos.

E descanso a alma,ao som da caixinha de música,que um dia ganhei,num afago-afeto.

Assim,lembranças das lembranças.

Quero registrar,de um livro,que tenho ainda,ganho de um amigo,A. João Tozzy:

( 1969,creio.)

Michel Quoist

POEMAS PARA REZAR

"TELEFONE


Pronto,desliguei! Mas por que terá telefonado?

Ah! Sim,Senhor ... eu já me lembro.

É que falei demais e bem pouco escutei.

Perdão,Senhor,recitei um monólogo e não dialoguei.

Impus minha opinião e não troquei idéias.

Por não ter escutado,eu nada aprendi,

Por não ter escutado,nada levei comigo,

Por não ter escutado,eu não comunguei.


Perdão, Senhor,eu estava em comunicação

E agora estamos cortados."

*******************************

Assim é,assim foi,assim será.

Sempre,perdemos,por algum motivo,a "chance do crescimento",enquanto estivermos mergulhados

em nossas mesmices,egocêntricas.

Hoje,dei asas ao tempo,com meu coração,cigano.

Não consegui recordar as palavras proferidas,na época.

Mas lembro do olhar,que esperava,como menino,a aprovação e gosto pelo presente.

Lembro-me do meu coração,romântico,sorrir,mediante afeto.

A caixinha,acompanhou-me por uns anos.

Arrependo-me,de não a ter conservado.

Como o " Telefone",acho que não ... "Escutei" o suficiente.

É!

Julgo,que não escutei o suficiente.

Tata Junq

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