( Imagem por pesquisa / Google )
Frente ao mar,tênue lembrança.
Sento-me no pequeno barco de pescador.
Sacode um pouco,quando as ondas surgem mais agitadas.
Penso na fragilidade,que foi o amor.
Penso nas conchas em água,como segredos de abandono de nossos olhares.
Por quê, perdidos ficaram?
Em suavidades,acaricio as águas salgadas,na saudade de um doce sorriso.
E percebo o canto das sereias,que me chamam.
Encantadas,querem me levar.
Eu grito: - Netunooooo-Rei!
- Por qual razão insisto?
E os porquês,enroscam-se,marolando.
Netuno,sequer sabe,que existo.
E as sereias,querem-me levar.
Eu resisto às ilusões.
Nem sei se resistiria ao seu olhar de encontro ao meu,como naquela tarde ...nem sua boca,
depositando-se na minha. Nem o aconchego de seus braços.
Há mormaço,agora.
Mas o que queimam,são lembranças.
Volto a andar pela orla,pisando as areias finas e brancas,quentes.
O chapéu,quer voar ... Poderia sentir, até os clicks de seu fotografar.
Sequer consegui fazer minha leitura também.
Volto à varanda,deito na espreguiçadeira ...e perco meu olhar no céu azul,nas nuvens de algodão,numa paz,que abriga meu coração.
Pedro vai chegar ... Partilharemos sorrisos,carícias ... um bom almoço ...
E eu,ainda insistindo,em lhe reviver ...
As sereias cantam,ainda,as lembranças de você ...
Eu resisto.
Mas meus olhos marejam,lágrimas de sal,qual mar e mergulho neste sentimento profundo ...
E, grito: - Por Netunoooo...banhe e lave minh'alma!!!
... e corro pro chuveiro.
Pedro vai chegar.
Não posso,nem devo lhe amar.
(Uma Alma Feminina)
* Do Projeto,Alma Feminina,por Tata Junq
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