Raridade para colecionadores! Gravação original desta clássica canção praieira, feita na Columbia, futura Continental, em 7 de novembro de 1940, com lançamento em dezembro seguinte, disco 55247-A/B, matrizes 328 e 329, em duas partes. No acompanhamento, a orquestra do maestro Lírio Panicalli (Queluz, SP, 1906-Niterói, RJ, 1984).
( Uma recordação,de um ícone da MPB)
E no tempo,em tempo,nunca há nada ao acaso,e aprendemos!
RIO & MAR
Quem somos nós,que atravessamos o deserto,pedindo água?
( Sendo águas.)
E há sede de vida.
E a vida dita a sede,em bocas secas,e almas lavadas.
Eu,como rio.
Você,como o mar.
Doce,salgado,sem serem misturados.
Haverá confluências?
Rio que desemboca no mar?
Há uma correnteza,que segue fluxo,mansa,sem pressas.
Quem somos,no entanto?
A que viemos?
Vim de longe,nascente.
Você,amplo mar.
Misterioso mar.
(Mergulham,submergem sereias,Netuno.
E Netuno é rei absoluto e cala as sereias.)
Você o abriga e quieta-se e faz-se ondas, desiguais,ora gigantes,ora mansas,sequenciais.
Você é mar,seus olhos,azuis-mar.
Profundo mar.
Imperioso, mar.
Doce,mar.
Rompante,mar.
Inquieto,mar.
Orgulhoso,mar.
Impiedoso,mar.
Choroso,mar.
Mas mar,que faz fronteira com o infinito horizonte,e espelha o Sol ou Lua.
Vezes,numa transparência suave,vezes inquieto,profundamente perdido.
Doce mar,salgado mar,corpo-mar,alma-mar,dualíssimo,
que pede socorro no olhar.
Eu, rio,que já foi revolto,impulsivo,louco ... hoje cauteloso,claro e manso.
Caminho em margens,e sei que adentrarei em ti.
Por quê?
Não sei.
Talvez esteja escrito.
Somando um pouco de cada um,seguindo curso,aconchegadores de outros rios e mares,com algum sentido.
E no seu doce abraço,senti e sei que não serei rio,sozinho.
Não seremos águas insalubres,saberemos como matar sedes.
Mar,rio.Rio,mar.
SERENOS.
Tata Junq
**** Conjecturas,que não perdidas,na lembrança de seu olhar,que não ficou perdido nas palavras,trocadas.
22:49
18/09/2014
Bertioga.
( Click da Tata Junq / Bertioga /20/09/2014 / Uma tarde chuvosa.)
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