Enganam-se,quem pensa no SILÊNCIO,como uma mudez gigante.
Ele é vivo,passaporte, pro ver,escutar,sentir,de todas as formas.
Não existe,silêncio absoluto,creio.
( Como,sem ecos.)
No meu silêncio,cabem palavras,ruídos do teclado,e som que ecoam,de uma máquina ligada,num sequencial,parecendo uma respiração.
Quem tem ouvidos,agora?
Os meus registram ,sons,palavras,pensamentos,no silenciar da noite.
Já inicia um novo dia,encerrando mais uma semana.
Gosto das ampulhetas,e observar as areias descendo,e sem pressa,reposicioná-la ...num cai,cai ...
Queria ter agora,areia em mãos,fazê-las passar nos vãos dos dedos,senti-las esparramadas sobre meus pés.
Pra quê?
Senti-las sem dormências e averiguar,vida.
Sou a noturna,escrivã-de-idéias ... poderia estar fazendo outras coisas,mas não teriam sentido,tanto quanto areias derramadas ... assim, minhas palavras.
Vezes,pergunto-me,até quando a lucidez do pensar,sentir,expressar ...
Conheci e conheço pessoas com o chamado "Mal-do-Alemão" ...Alzheimer ...
Nos lapsos temporais,perdem-se.
Eu não me quero perdida.
Pretenciosamente,quero ser lúcida.
Mas quem é lúcido ou não é?
Quem não se perde,temporariamente?
Quem se acha? Quem se perde?
Pois é,conjecturas da madrugada.
Penso que poderia estar perdida em meios de abraços,que seria prazeroso,como escrever agora.
Mas o silêncio-só,domina meu ritmo.
E neste silêncio,eu grito,sem ecos.
Sem ecos?
E nunca alguém saberá.
Não saberá?
Por hora,silencio.
Tec-tec-tec-tec e ponto.
Tata Junq
(Imagem do Google / Hora de repor energias.)
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