domingo, 3 de setembro de 2017

No onde,no como e no porquê.




No onde,no como e no porquê.

Onde a brisa canta e o vento faz clarão.
Onde o tempo é encantado,e a lua brilha no chão.
Onde a rede chora ao som do violão.

Eu sentada canto,como fora um trovador.
Ousando decantar o amor.

E na embriaguez de sonhos,ouço vozes.

A curupira deita no chão.
O saci sorri maroto,faz sermão.


Tudo pode aqui neste serão.
A sereia sai do riacho e espia sem comoção.

Quanta contrariedade no universo da ilusão.

Eu sentada canto,o amor em perdição.

A coruja pia.
O galo emudece.
A sombra cria vida e desaparece.

Eu canto a ela,a saudade sem solução.

E a viola cisma.
A rede soluça,num vai-vem,com rimas sem fim.

Eu ...
perdi-me
neste
onde.

Calo.
Silencio numa prece.

A noite se enluta.
Até a Lua,desaparece.

Tata Junq

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