sexta-feira, 8 de junho de 2018

Do Projeto, Crônicas Esparsas : Deolindo.

Resultado de imagem para desenho de menino assustado

( Imagem por pesquisa. / Google.)
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- Abre os olhos,menino!
- Abre!
- Abre!
- E fecha a boca,senão entra aranha.
E,lapt-lapt-lapt ...
E vai sova.
E vão gritos ...
Eu me lembro de Deolindo,o pequeno arteiro da Vila dos Remédios.
E não havia remédios pras dores de chineladas e ou,cintadas.
Mas havia Das Dores,sua mãe megera.
Dia veio,da desgraça.
Chegou do trabalho pesado ... cadê Deolindo?
- Deolindooooo ...
- Cadê você,capeta?
Sumiu,escafedeu-se.
No fundo,gostei.
Sumira ... ninguém vira em qualquer canto.
Uns diziam depois,que Das Dores fizera gênero.
Não creio.
Ele fugira,na certa.
Cansou das pancadarias ... ou quis sobreviver.
( Qualquer canto,seria melhor.)
Tosco engano.
Dias depois foi achado ... estuprado,morto.
Nem sei o que pior.
Melhor agora,é retirar da mente aquela carinha assustada ... e pensamentos pesados,no que diz respeito a Das Dores.
Quanto ao estuprador ... 
- Tomara que morraaaaa!!!!!
E antes do seu final,que perca cada pedacinho de seu corpo,de alicatadas!

Tata Junq
* Qualquer semelhança,é mera coincidência.
* Criar faz parte.