sábado, 19 de maio de 2018

Pensamentando ... Os sinos anunciaram morte.



Quis musicar.
Quis recordar ...
Quis poetar ...
E só vem em meus pensamentos os acordes dos sinos ...
Como amo sinos!
E me vejo numa praça inventada,num banco desenhado,sem memórias de nada.
Não há pessoas.
Uma porta de Igreja que se abre ao vento ...
E os sinos dobram!
Cantam aos meus ouvidos ... e me rendo a eles,numa tomada fúnebre,anunciando morte.
E repicam ... e repicam ... e repicam ...
E eu piedosamente me ajoelho,contemplativa.
Por que me alertam morte,se ainda quero vida?
E,assopro bemmmm forte os badalos,querendo anunciar festas,alegrias e chegadas.
E beijo a boca do Sol,que surge agora.
E beijo a vida!
E beijo o canto dos pássaros,que se confundem aos badalos dos sinos ...
E saúdo a manhã de um dia de domingo.
E comungo a graça,de um dia ter nascido.

Tata Junq