terça-feira, 10 de abril de 2018

Do Projeto Relatos,Crônicas Esparsas: Lá num vivi,mas vi.

Resultado de imagem para varal de roupa no mato do sertão

(Roupas penduradas no varal e cisterna em casa do sertão | Clothes hanging on the clothesline  //FOTONATURAL // Google.)


E o tanque improvisado e rústico estava lá à disposição.
O calor estava bravo.
Ela limpou o suor do rosto com o dorso da mão,molhado.
E continuou o esfrega-esfrega.
Teria de dar conta de todas as roupas e aproveitar o sol,mesmo sem vento.
Era o ganha pão.
Mariinha chorava ... queria mamar no peito.
Pedro empurrava seu caminhãozinho,pela estrada inventada.
Nem sabia ,que a irmã existia,naquele momento-viagem-imaginário.
(Era afinal uma criança.)
Maria da Glória era esguia,magra que só.
Desgastada,pele maltratada.
E, João apaixonou-se,mesmo assim.
Pensa,que viveram felizes para sempre?
Qual estória de amor,no fechamento final?
Bem alto astral?
Qual nada!
João num dia qualquer,na cidade,conheceu Jandira.
(Menina donzela.)
E encantando-se,fez dela,mulher e fugiu com ela.
Mariinha morreu de inanição.
Pedro,vó agora cria.
( Na base de vara de marmelo.)
Maria da Glória, mora na glória-do-Senhor!
Morreu, escafedeu-se deste mundinho.
( Sertão de Pernambuco,bem lá nos confins,"onde Judas perdeu as botas".)
Eu só conto ...

Tata Junq