sexta-feira, 20 de julho de 2018

Relato. Onde cabem,fatos.


                                                    ( Caras & Bocas da Tata.)

Atracou na alma,sem permissão.
Fincou âncora.
Ahhhh ... o amor.
Caiu como chumbo pesado ... mas de uma plenitude doce,que faria jus a qualquer colmeia.
Ela o olhava,como se não houvesse distância alguma.
Ele sem sequer imaginar ou perceber seu olhar,rodopiava em valsa,cheio de encantamentos.
Era a valsa nupcial,a esperada da noite,por todos os convidados.
E havia alegria e cumplicidades ...
Ela os invejava neste momento ...
Melhormente,invejava Rute.
Ahhh...se pudesse trocar de lugar,agora ...
E o amor escondido,doeu como arpão-certeiro,ao fisgar um peixe.
Estava bem ali,em alegrias,seu amor de toda uma vida,um amigo,irmão.
Rosa,chorou ...
Não haveria julgamentos.
Ninguém imaginaria lágrimas,que não fossem de alegria.
Sentiu um forte enjoo ...
Saiu sem ser notada.
Respirou fundo, deu partida no carro,sequer olhou  no retrovisor ...
Olho firme na estrada estreita ... ainda pode escutar vozes e música.
Não havia mais lágrimas ... não haveria mais lágrimas.
Estava decidida.
Um dia,casou-se também.
Rute e Pedro?
Foram padrinhos.
E neste dia,por incrível que pareça,ele também chorou.
Não me pergunte,que se não fosse de alegria ... nem nada sei.
Sei que um olhar cruzado,houve,mel.
Eu?
Relato,não invento.
Ou, invento e relato.
Coisas da vida,não é mesmo?!
Onde a imaginação e verdades,coabitam.

Tata Junq

Do Projeto,Uma Alma Masculina ... E,pensou alto.

Resultado de imagem para pensamento

Há tantos muros ...
Levantados ...
Pedra por pedra,no rancor.
Apiede-se,diz a consciência.
Perdoa,diz o coração.
Limpa a alma,diz o oculto.
E eu carrego a lama,que edifica cada pedra.
E carrego todas as pedras.
E carrego o orgulho do feito.
Muro.
Não espero redenção.
Não perdoo,nem quero ser perdoado.
E sigo.
E consigo.
E choro.
Quem disse,que homem não chora?!
Engulo o choro,como ao ouvir meu pai :
- Engole o choro,menino!
E sigo.
Com a dignidade ferida.
Como falta de um pedaço de mim.
E sigo.
E consigo.
Consigo?

Uma Alma Masculina

( Do Projeto,Uma Alma Masculina / Por: Tata Junq.)

Do Projeto:Crendices e coisas e tais ... - Vira o chinelo,menina!

Resultado de imagem para chinelos virados para baixo

( Imagem por pesquisa. /Google.)

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- Vira o chinelo,menina!
- Desvira o sapato,menina!
- Ahhhh...vó!
- Que diacho!
Passei minha vida toda,desvirando calçados,desejando mortes.
Até que um dia,joguei chinelos com raiva total,longe.
Viradinhooooo....
E pedi:
- Morra desgraçado!
E não é que deu certo?
Padrasto debaixo de sete palmos.
Se dá certo o vira-desvira,não sei.
Livrei-me daquele infecto,que só contribuia com lágrimas de minha mãe e atrasos em minha vida.
- Bêbado,infeliz!
E nunca mais desvirei  chinelos.
( Vai que ele retorna do inferno!?)
...
-Eu,ein?!

( Quando criar faz parte. / Tata Junq )

quinta-feira, 12 de julho de 2018

As Máscaras.

        ( Do Projeto Um Olhar Tão Meu. / Tata Junq )

As Máscaras.
Eu as fiz.
( Com exceção,a que veio do Chile,presente da filha.)
Fizeram parte de uma exposição,em escola ... Espaço Cultural.


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Bom ... uma pesquisa abreviada,informativa:

Ao longo da história da humanidade, as máscaras foram utilizadas com os fins mais distintos, de acordo com a cultura e a religiosidade do povo que as adotavam. Geralmente elas permitiam o acesso a universos regidos pela imaginação ou a dimensões espirituais invisíveis. Os contadores de histórias assumiam muitas vezes o uso das máscaras para dar mais vida às suas narrativas, enquanto muitos eventos próprios da Natureza, mas que não se podiam ainda explicar, eram compreendidos através do recurso a estas ferramentas de ilusão e dissimulação.
Elas desempenharam, em muitas civilizações, o papel espiritual, como instrumentos principais em rituais sagrados. Assim foi na África, quando eram elaboradas por mãos artísticas, com feições distorcidas, proporcionalmente maiores do que as normais, constituídas de cobre, madeira ou marfim; no Egito Antigo, onde mascaravam as múmias prestes a serem enterradas, enfeitadas com pedras preciosas; entre os indígenas norte-americanos, habitantes do noroeste dos EUA, bem como os Hopi e os Zuni, em solenidades nas quais pranteavam seus entes queridos que haviam partido para a espiritualidade.
Os nativos brasileiros, em suas cerimônias, portavam máscaras simbolizando animais, pássaros e insetos; na Ásia, elas eram assumidas tanto em ritos espirituais quanto na realização de casamentos; em várias tribos primitivas, os índios mais velhos usavam máscaras em cerimônias de cura, para expulsar entidades negativas, com o objetivo de unir casais em matrimônio ou nos rituais de passagem, momentos marcados pela transição da infância para o mundo dos adultos.
As máscaras também tinham características simbólicas, como se verifica nas tribos de esquimós que residem no Alaska. Eles acreditavam na dupla vida de cada ser, de um lado humana, de outro animal. Desta forma, as máscaras também eram produzidas com uma feição duplicada; em algumas festas erguia-se a mais externa, revelando a outra, até então oculta.

No mundo ocidental os antigos gregos foram pioneiros no uso das máscaras, adotadas nas festas dionisíacas, perpetradas em homenagem a Dionísio, divindade responsável pelo vinho e pelos rituais de fertilidade. Nessas ocasiões, todos dançavam, cantavam, se embriagavam e realizavam orgias, evocando a presença do deus através do emprego da máscara. A Grécia foi também o berço do Teatro, modalidade artística que recorria constantemente ao encantamento das máscaras, até mesmo como uma forma de evitar que os atores incorporassem os mortos. Atualmente ainda se vê este hábito perpetuado no Japão.
Com a queda do Império Romano, os cristãos primitivos praticamente proibiram o uso das máscaras, considerando-as instrumentos do paganismo. Na América, elas desembarcaram junto com os europeus que para lá se transferiram, tanto como brinquedos infantis, quanto para bailes e outras festas. Em Veneza, no século XVIII, as máscaras transformaram-se em itens de consumo cotidiano por todos os seus habitantes, velando apenas o nariz e os olhos. Logo foram proibidas, pois dificultava a ação da polícia na identificação de criminosos, muito comuns nesta cidade naquela época.
Atualmente elas são utilizadas em festas tradicionais, no Halloween, o famoso Dia das Bruxas, e no Carnaval; bem como em determinadas práticas profissionais, como a do apicultor, que assim se protege do ataque das abelhas; ou em certos esportes, como a esgrima.

Fontes

Arquivado em: ArtesCuriosidades

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Os Mascarados
Não falo ao "sabor" literal ...
Há quem se mascara ...
Mas com propriedades,o "tempo" se encarrega de derrubá-las.
( Máscaras.)
Creio que haja revelações.
Vantagens?
Nenhuma.
Ou as há?
Quem ganha ou perde?
Credibilidades são fundamentais?
(Na perda delas,o que restará?)
Ahhh ... essa vida!
Máscaras!
Prefiro o Carnaval das Máscaras,num cortejo antigo.
(Pierrôs e Colombinas.)
Ou vê-las em Museus de Artes.
É deprimente ver uma "máscara" cair e ter de medir caratismos.
(Ser humano.)
Tata Junq


terça-feira, 10 de julho de 2018

Crônicas Esparsas: E chorou ...

Resultado de imagem para Bebado desenho
(Bêbado- Desenho de padreko1981 - Gartic)
(Imagem por pesquisa / Google.)

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Ele.
Mijou no poste,qual cachorro.
Nem disfarçou.
Subiu aquele cheiro de urina podre.
Ela.
Pensou em correr para o beco,chegar antes dele e manter integridade física de
Doinho.
Sempre era assim ... ele descontava no menino.
Mas ainda pode vê-lo vomitando ...
Desejou sua morte.
E ao mesmo tempo sentiu arrepios de arrependimentos e desejos.
Como se mergulhasse na cama,como muitas vezes ousaram,gemer de prazer.
Aquele homem fora seu homem,o primeiro.
Hoje é trapo,farrapo fétido.
Viu ainda ele escorregar no vômito,sem noção de rumo.
Nem a viu .... seus olhos não mais chapiscam desejos.
Ela caminha lentamente ... não precisará mais correr em desalinho,depois de estar com
Teco.
Nem tentar trancar a porta com ferrolhos,impedindo sua entrada.
Nem espiá-lo no relento,com pena.
Nem jogar um cobertor em seu corpo magro e patético.
E chorou sua morte por antecipação.


Por :Tata Junq

E ...



                                                     ( Caras & Bocas da Tata.)
Segurei emoção,
nas pontas dos dedos.
Escapou.

Inundou como enchente de rio.
E você,sequer viu.

Morreu.

Escafedeu.

Criou asas,
voou derradeira.

Uma dor passageira.

Tata Junq
* Quando criar faz parte.

sábado, 7 de julho de 2018

"Diz que me acha foda!!!!" #musicandoavida

- Muito riso,pouco siso,menina!

E ela gargalhou,engasgou,tossiu.
Riu... riu...riu ...como longo rio,em curso ritmado.

...

Espelho que espelhas,espelho ...
Quem sorri como eu?
E rio,qual rio.

Melhor rir do que chorar.

E rio,em rio.
Em águas límpidas,na transparência.

Ai de mim,Serafim!
Ai de ti,Sebastião!

E navego na canção.



Tata Junq

Onomatopoesando.

                                               ( Imagem por pesquisa. / Google.)


Tic-tac ... tic-tac ...
Tic-tic ...
Triiiimmmmmm!!!!!
No tempo.
Em tempo.
Marcado o tempo.
Invento de te lembrar.
Aperto a trava.
Não quero acordar.

Deixa pra lá!
Sem inventar o sonhar!
Chuá!

Tata Junq

Pensamentos pendurados no varal.


                                                     (Um Olhar Tão Meu / Tata Junq)

 (Presta atenção à data.)
E ...
Continuo olhando o céu.
(A cada dia.)
Do quintal ...
No breu da noite ... 
Ela está.
(Como a vigiar-me.)
Retiro roupas do varal e a espreito também.
E,penduro pensamentos.
Não há ventos.
Não há sereno.
Não há motivos,para irem longe.
Penduro um a um e me entristeço.
E ...
Sem alquebrantar  o olhar e mantendo o fascínio de instantes...
Eu a leio.
Ela me lê.
Havendo segredo.
Ela fica.
Eu ...
recolho-me.

Tata Junq


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Pensamentando & Musicando #musicatudodebom ( Montenegro.)





Folha em branco não há.
Há sonhos em branco.
A colorir?
Em belezas escondidas ...
Passo o traço,ponho a vírgula e acabo sempre na reticência.
Sem ser,sendo.
E não há quem entenda esse não sonhar,sonhando.
Não por dom das palavras,que escapam, por apenas,um olhar contemplativo.
Onde a distância faz morada.
Sem alcance.
Sonho de um,não cobre dois.
E, o amar,vira verbo sem conjugação.
Não há presente,nem futuro,tão pouco,passado.
Cabe apenas o pronome egoísta,eu.
Eu sozinho,que pontua letras,de um sonhar vazio.
Sonho de um,não cobre dois.
Sonho de um,não move dois.
Sonho de um,desliza,qual gota ... e chove ... caindo ao chão.

Tata Junq

*  Cabe o "Criar faz parte".