quinta-feira, 2 de março de 2017

Poema às avessas!

O gelo queima.
O cão ladra.
O coração é de pirata,
sorrateiro,
qual fogo,
na invernada.

Invasor,
polêmico,
devastador,
assim
o
amor.

Tata Junq

Síntese versada, nos "pis".

Pia de louças.
Pia o piu-piu,cativo.
Pinga a chuva.
Pinga,no corpo.
Alma bêbeda,embriagada.
Sem vontade de nada.

Tata Junq

"Choromingando" ... rsrs ... à toa,à toa!


Do limão,limonada.
Da goiaba,goiabada.
Da sua inércia,meu amor,
virou nada!

Tata Junq

Do Projeto,Alma Feminina : Garoto-do-Mar.

                                             ( Imagem por pesquisa. / Google.)

Pisei nas areias grossas,fofas,frias e recheadas de conchas.
E o mar dançava espumante, um verde estonteante.
Entre cuidados para não ferir os pés,busquei o garoto-dos-sonhos.
O coração palpitava,os cabelos voavam ao vento.
Era uma tarde de um junho,meio frio,meio sonolento,mas belo.
O mar não acinzentou,mesmo sem incidência do Sol.Era verde,limpo.
Limpo e delicado,.como minh'alma sonhadora.
Andei muito ... pés doídos ...
Vi o barco atracado,no abandono.
Ele não estava.
Não bebi seu sorriso manso,leve.
No quiosque,somente duas pessoas.
Sentei-me ... baforei um cigarro de cabo a rabo ,perdi-me num tempo de espera.
Eu retornaria à minha cidade.
O pescador encantou-me.
(Como um deus-do-mar.)
De seu sorriso,encanto.
De seu olhar sereno,encanto.
De seu corpo suado-bronze,encanto.
Vi-me em redes,cativa.
Palavras não foram pronunciadas,durante qualquer dia,de minha estadia.
Dos olhares discretos dele,os meus fortuitos.
Guardo seu último sorriso,em conchas.
Seu nome?
Jamais soube.
Em minhas lembranças,chamo-o de Garoto-do-mar.
E lá se vão,tantos anos ...
Guardo seu sorriso em conchas,qual pérola rara,na caixinha das recordações
Vezes a abro,para não deixar morrer,essa doce-sonhadora-menina,que ainda,discretamente,vive em mim.

Donizete
( Uma Alma Feminina.)

Do Projeto,Alma Feminina / Por Tata Junq

Pensamentando,"raso & fundo" ... nesta manhã atípica,sem energia.

Do dia 24/02/2017


Se me há sustento,que seja d'alma.
O corpo sucumbe aos poucos.
É natureza imposta,fogo:cinzas!
( Se me houver querer proposto.)
Ah!
Haverá silêncio.
Onde ficarão os pensamentos?
Em papéis deixados.
E, possivelmente,na mente e num corpo reencarnado.
Onde os esquecimentos?
Onde os conhecimentos?
Ordenados,desordenados,mutantes?
Renovar.
O velho,será novo.
O novo,tornar-se-á velho.
O fim vira começo.O começo,o fim.
Tempo cíclico?
Onde o universo pessoal,no transcendental?
Onde o transcendental no pessoal?
Misterioso abismo,profundo,onde a verdade se esconde.
Há um paralelo,um vai-vem,numa tangente,num tempo,que não sei se programado,surgindo a vida.
De onde vim? Para onde vou?
Desloquei-me de um Todo?
Juntar-me-ei a Ele,novamente?
Sou mente,somente?
Só sei,que sou,que estou num corpo,que padece.
No limiar de um acordo?
Será que há escolhas?
Será que há destino e causas?
Nada há de repostas.Há somente conjecturas,numa manhã de verão,esquisita.
Olho para a janela,parcialmente aberta.Há um cinza atípico,tratando-se de verão.
Choveu muito e não há energia local.
Na madrugada,observei as chamas das velas.Usei também uma lanterna,providencial.
Normalmente,uso a do celular.Mas esse também sucumbiu,sem adequação da bateria.
E penso,retrocessos:energia,falta dela,criações e fogo.
Fogo que a Natureza ensinou e o homem na sua inteligência-limite,o fez.
Vela e fósforo.Fósforo,pólvora,fogo,estragos.
Hoje,uma iluminação na madrugada,que pareceu demorada.
Hoje,claridade opaca de um novo dia.
Eu,na fresta da janela,ouvindo os resmungos da vizinha com o segurança da rua.
- E essa energia que não volta?
Creio,que em muitos lugares, a Sampa parou.Mas a vida segue seu fluxo.
Fiz café,acendi a chama do fogão com fósforo ... nada de microondas,ou forninho elétrico ...
( rsrsrs...)
Pensei em gravetos e fogo e lembrei dos fogões à lenha.Comparei o rústico ao moderno.Vejo tudo aqui parado,morto,sem energia.
Até quando o freezer aguentará,salvando os estocados?
A geladeira,já perdeu a potência.
Não sei!
Culpa das chuvas?
Dos serviços públicos,que não solucionam o problema que se avulta?
Numa Sampa,tão gigante de espaços ...
Quem dá conta de quê?
Eu dou conta de minha realidade de agora.
Sinistra!
Sem previsões!
"Cortada a energia! Cortadas as pernas"!
Se me há luz,que seja d'alma!
Quantos pensamentos,resistem ainda...
Faltando energia local,deixando a desejar a vital ... permaneço.
Que dia! Que noite! Que madrugada!

Tata Junq