segunda-feira, 6 de junho de 2016

Da Janela ...






Da janela
Espreito a chuva,que castiga o chão,e não é terra seca do Sertão.
E em enxurradas,águas vão ...aos bueiros ...aos piscinões ...aos córregos ...
Aqui,águas vão,ladeira abaixo.
Não inundam...não invadem.
Mas a nostalgia invade...escuto o pinguejar,sequencial ...
Há casas com problemas,na certeza e, famílias desabrigadas,gente insegura,
com frio,molhada,retornando ainda de trabalhos...gente de rua e nas ruas
As águas castigam,mesmo sendo vida.E vezes,viram morte.
E me pego a pensar no filho, que tentou salvar o pai e também se foi.Na mãe,
que puxa águas,junto a lama.Na senhora, que chora tendo à sua vista,novamente,a perda de seus bens.
Eu olho minha cidade,com olhos invisíveis de minha janela.
Eu olho meu Brasil encharcado também de misérias ... e,não há esgotos que as abrigue,não há estações reciclantes,de tratamentos, há lamas impregnando,águas paradas,bichadas.
É uma água corrosiva,a corrupção.
É lama o mal caratismo de governantes,governados,paus mandados.
Chovo indignações.
Quem por todos?
Rei da chuva,do trovão,coloque um a um no chão!!!!

Tata Junq

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