domingo, 9 de agosto de 2015

PERFIL,preto no branco,ou branco no preto,do papel,assinado.

Tem coisas que não se explicam ...
São e ponto.
Mas,vamos lá!
( Expressão,apenas.)

Sou irreverente,sempre fui.

Estilosa? Sim.
Talentosa? Também.
Prepotente? Jamais.
Incoerente? Posso até ser.
Folgada? Depende da visão ... e quem julga ou prejulga,perde comigo a razão.
Sou o que sou,sem tirar nem por,atrevida a valente.
Se gosto,gosto.
Se não gosto,digo.
Gosto das ondas,literalmente ditas.
Mas detesto,que me tirem onda,metaforicamente.
Não sou demente,tão pouco,carente.
Muito menos,dormente.
Então quem quiser,atura,sem frescura.
Não sou capoeira.
( Que pena!)
Aprendiz  ... mas ligeira nos pensamentos.
Pensadora,pensante,escrevente,inventora,escritora.
Mel,fel ...coerentemente coerente,derramados.
Se sou,sou.
Marcha lenta 
ou acelerada,
ponderada ou não,
não me aponte o dedão!
Nem me faça qualquer sermão.
Então ...
Sei não!
Sei sim!
Sei ser eu,enfim.

Tata Junq


Do projeto,Histórias & Estórias : Sinhá.

Reservas,por trás das máscaras.
O olhar parado diante do espelho e do tempo.
Quis ver-se jovem.
E, reservas,além das aparências,dizem a ela,não mente.
Ela sorri.
E, a alma chora,atrelada nas vaidades ... e na sapiência do  derradeiro,fim.
Morte aos poucos da matéria.
Assim ela,assim todos viventes.
Não há lutas,há entregas.
As células incapazes,dão o veredito.
Todas as manhãs,sentava-se,com dificuldades,é verdade,no toucador.
Há semanas,que isto deixara de ser um hábito.
Debaixo de lençóis macios,bordados em seda e rendas,seu corpo descansou,sem um gemido.
Aquelas mãos,descansaram sobre eles.
O piano,não mais será tocado.
A criadagem emudeceu ... era tão querida,a Sinhá.
E,tão só.

Do Projeto,Histórias & Estórias: Sinhá.

Tata Junq