domingo, 3 de maio de 2015

Meu pincel.



(Imagem retirada do Google)

Se pudesse pintar voos,eu traçaria o céu,lucidamente azul.
Fecharia os olhos,sentindo o vento,e pintaria todos meus tormentos.
Depois dos traçados inquietos,vermelhos de dor ....mudaria toda a cor.
A base do branco,coloriria sem muitos berros,flores e borboletas,
numa leveza de efemeridade.
Sonharia rosa.
Beberia azul.
Suaria mãos em tintas,assim em desalinhos.
Escondendo a idéia do meigo olhar,
que teimo
em lhe ofertar.

Tata Junq

No faz de Conta,cabe a música ...


Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três.

Eu enfrentava os batalhões

Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock para as matinês.

Agora eu era o rei

Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz.

E você era a princesa

Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país.

Não, não fuja não

Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido.

Vem, me dê a mão

A gente agora já não tinha medo
O tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido.

Agora era fatal

Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim.

Pois você sumiu no mundo

Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim.


Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/joao-e-maria.html#ixzz3Z8KeDsaG

Bem isso! Ou não?


Correto?
Ou engano-me diante da modernidade?
Vai pensando,aí ... depois retorna-me.
Tata Junq

Poetando às Avessas ....MORTA.


Na minha invisibilidade,
chego tarde,
chego cedo,
chego nas longas horas,
saudosa.
Morta.
Do meu cadáver exalam
enxofre & rosas.
Não sou anjo,
nem demônio.
Sou eu,
às cegas,
vagante,
querente,
qual
orvalhos,
pendentes,
um
tantin
de
amor.
Tata Junq

Do Projeto,Palavras ao Vento: SONHOS & TRAJETÓRIA


TRAJETÓRIA

Quando eu crescer,vou comprar sonhos.
Quando mais um tantin,crescer,verei os sonhos.
Quando mais,tocarei neles.
Quando mais,vou comer,um a um.
Quando mais,vou verificar a balança.
Quando mais,verificar o índice glicêmico.
E na certeza,eles estarão aqui e ali,basta-me policiar minha gula.
Mas os sonhos-quimeras,ficaram na moeda-da-sorte,que perdi,que achei,que troquei ...
(Num caminho qualquer,no tempo.)
Hoje não há barganha,ou escambo.
Esses, não os permito.
Nem leilões!
Obra,escondida,
d'uma vida.

Tata Junq