quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mini Conto: Rosinha.



                                 ( Imagem por pesquisa / Google.)

Rosinha cuspiu no chão de terra. A terra engoliu a catarrada,tão seco era o terreno.
Faltava-lhe saliva,no entanto, e sobrava-lhe,muita raiva.
Raiva daquele lugar no meio do nada,no meio de tudo.
Meio ao deserto,sem mudanças.Sem o que comer,porque nada a comprar,ou plantar.
A terra não era generosa,o tempo quente,abusivo.
Sua barriga gorda de quinto filho,pesava.
Seus pés rachados,inchados,doíam muito.
Queria ganhar o mundo,sumir,pra não morrer de tédio e fome...
Simples seu pensar,já que a vida era só compilações de complicações ...certamente seu filho também morreria ou no parto ou depois de fome ...não produziria leite,nem lágrimas.
Não mesmo.
Suava frio ...mas os lábios também rachados,estavam secos.
Sua alma está seca.
Seu olhar não mareja,nem alcança o infinito.
Cai,tomba a infeliz.
Nem carcará vai querer ossada.
Nem carcará!
Nem carcará,nem preá,nem Rosinha,nem vento.
E,ninguém por lá,pra um lamento.
No meio do nada,um nada.

Tata Junq

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Prosopoetando & Musicando & Cantarolando a vida... Minha voz.



A minha voz navegou rio,chegou no mar.    
Buscou profundeza,     
calou.    
Não ecoou.    
Ao emergir,virou espuma,    
idas e vindas,sequenciais,    
pousou na areia fria,    
marcadas pela solidão,     
na estranheza de uma canção,    
na ventania,que se apossou meu coração.  
A boca fez gemido,murmúrio,cativo.
O olhar perdeu-se no trilho marcado,   
de uma vez,dourado,na quentura de um verão.
Sendo assim,delineado,    
o final,que se bastou,espelho.   
Sem reflexos.   
Cego.    
Sem sereia.  
Sem barco.    
Sem ser,sendo morte.   
Âncora profunda,adentrou às águas,    
afogou todos sonhos vãos.    
A boca fez sorriso,das tolices do coração!   
Cantarolando,    
serenei o coração.   

Tata Junq



Do Projeto,Ama Feminina,RELATO.



                              (Imagem recebida,desconheço autoria.)
Fernando percorreu o corredor,apressadamente.
Trancou-se em seu quarto.
Um silêncio absurdo se fez,depois da batida de porta.
Subira a escada,como se amassasse cacau,pesadamente.
Sua mãe acompanhou-o com olhar curioso e surpreso.
Nem um boa tarde.Nem um cruzar de olhar.
Rosto fechado,pálido.
Sequer deu tempo para perguntar-lhe alguma coisa.
Esperou ao pé da escada,intrigada.
Nada ouvia ... nem sequer uma sílaba.
Resolveu subir e interferir.
Mal chegou no topo da escada,ouviu um estampido.
Suas pernas bambearam... tentou abrir a porta,trancada.
Chamou,gritou em desespero.
A vizinhança ouve ... Sr Eugênio é o primeiro a chegar ao portão...
Um corre-corre avolumou-se na tentativa de arrombamento da porta.
Polícia acionada,bombeiros...
Mediante falta de respostas ... a mãe entra em choque.
- Fatalidade!
- Absurdo!
- Meu Deus!
- Minha Nossa Senhora da Aparecida!
- Que deu no menino?
- Deus meu, Maria não merece isto!
Rumores expressivos,avolumaram-se também.
Rodrigo fora criado por ela,desde seus três anos,era o filho d'alma.
Crescera aqui no bairro do Belém.
Era observador,vezes meio esquisito,mas gentil,amoroso.
Resumo da ópera,deixara um breve bilhete,escrito no dia anterior a Sonia,e tão somente.
" Não posso viver sem você ...não posso,não posso ...carregue para o resto de sua vida,minha dor.
E,carregue como cruz,a falta da minha.
Agonize!Arraste-se,como eu,mendigando compreensão,amor.
Nem eu,nem ele.
Já o matei também."
A vida corre,fluxo natural.
A casa hoje é vazia.
Ninguém quer lá morar.
Não se vende,não se aluga. Maria,foi para o interior de São Paulo,morar com uma irmã.
Dizem que pouco conversa e que vive de olhar perdido no nada.
Sonia?
Mudou-se do bairro também.
A família não deixou vestígios.
A família do ele,Marco Antonio,permanece.
Olho de minha janela,o jardim da casa de Maria,em abandono.Costumava ser tão lindo,nas Primaveras.
Só há uma roseira que teima em viver,mostrando-me que se a Natureza resiste às agruras,o ser humano,também.
Meus pensamentos correram inversos,no tempo.
Lembrei-me de Rodrigo,tão miúdo e doente,chegando aos braços de Maria.
O amor a ele,nunca fora suficiente.
O abandono o aniquilou.
Olho para as rosas ...e, dá-me uma tristeza funda.
Que estará fazendo por hora,minha querida amiga,Maria?
Fecho os olhos.
E,ainda posso ver,o mar-de-sangue,naquele quarto.
Nada somos,mesmo.
(Impotentes,diante da morte.)
O tempo mudou,venta muito,vai chover.
Sorte das rosas.
Do Carmo
( Uma Alma Feminina. Do Projeto,ALMA FEMININA.)

Tata Junq

Incontestável,creio.


A NATUREZA NÃO DITA NORMAS,É-NOS EXEMPLOS.
Estamos cada vez mais distantes dos núcleos naturais.Fazemos parte dos centros urbanos,
que crescendo,adentrando a espaços físicos,disputados,adquiridos,comprados ... aniquila cada vez mais a Natureza,que de alguma forma foi desrespeitada,aniquilada,reduzida a jardins,parques diminutos.
O CONCRETO,não respira.
 Árvores centenárias,mal cuidadas,ocas,carregadas de cupins, caem de cá e de lá.
Minha cidade,tão mal planejada,cospe irresponsabilidades governamentais e populares.
Consciências,de poucos... atitudes de uns,buscas de outros,não bastante, para fazer diferenças.
E a vida pulsa,frenética.
As pessoas estressadas,vão e vem,vão e vem ...
Vezes sequer enxergam outros seres que cruzaram seus caminhos,que caminharam a seus lados.
Primavera,estação de encantos florais ...
Quem os vê?
Há tempo para?
Sampa respira pó,secura ... há racionamentos de águas.
Onde chegamos? 
Onde chegaremos?
 Não chegaremos?
Minha pinceladinha na tela dos pensamentos ... 
Tanto a dizer,questionar,aprofundar ... mas prefiro deixar a ilustração,a visualização 
da imagem flagrada,que desconheço autoria.
Esta avezinha,choca,na certeza seus ovos ... ainda podemos visualizar um ninho,
em meio a um capinzal.
( Creio ser.)
As aves adaptam-se também ...
Esta, vigia,cuida.
Nós?
Cuidamos também da sobrevivência,vezes sem vigilâncias,espiando o Mundo
 morrer aos pedaços,aos poucos ...

Tata Junq



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Pensamentando ...Indistintamente?



INDISTINTAMENTE?

Distinto ser distinto?
Indistintamente,distinto,ser?
Confuso?
Confusão,que nada.
O que difere,que não pode ser igual,nem semelhante.
Assim somos e seremos,seres distintos.
Cada um,cada um,cada qual no "seu quadrado",inclusive.
( Mesmo vivenciando um mesmo espaço físico.)
Aí penso ... rsrs "logo existo"!!!
Como julgar ou prejulgar alguém?
É de direito?
Longe de mim moram seres.
Dentro de mim,moram seres ... a cada dia ou instante,sou uma pessoa.
Que juntas,formam o todo.
Hoje sou mulher cansada, até de ser menina.
E menina cansada de ser mulher.
Nada iguais.
E?
Nada de mais ... ou, a mais.

Tata Junq

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O PENSAR CONCRETO.

                                                 ( Imagem por pesquisa / Google.)

O lúdico.

Siga a fita.
Laça o laço.
Contorce
as
linhas
dos
braços,
alcança
o
chão.
Libera
a
bola
ao
alto.
O Perfeito,
na
precisão.
( Aplausos.)

Tata Junq




Pensamentando...O BARCO.

                                  ( Imagem ´por pesquisa,há assinatura.)


Assim a natureza humana,dando asas ritmadas a um sonho,qual fada-madrinha.
O" barco" segue muitas vezes sem rota.
Vezes não sai do ancoradouro.
Vezes,sai com destino e objetivos.
Não importam,resultados?
Sem hipocrisias!
Ninguém sonha,jogando ao léu,sem eira nem beira.
Quer-se o ganho,o resultado positivo.
Pode ser até um sonho macabro ...
Malogrado,quem sabe?!
Virado,emborcado em águas ...revoltas ou serenas.
Quem responde,pelas águas deslizadas?
Timoneiros,somos?
Com que verdades?

Tata Junq

Projeto: Conto Sem Fim, À LUZ DA VERDADE.

À luz da verdade.

Coração incandesceu,adornado,nas palavras quentes,amorosas ... tal qual ambiente,preparado,
para recebê-la.
E a entrega foi sublimada,encantada.
Assim sonhara.Assim queria.
Mas entre o amor e o ódio,há um estreito caminho.
Eu diria,uma pequena nuance de luz,que cega,ao dar expansão a ela.
Assim foi,o amor que se tornou,bandido,
O que era doce,virou fel.
Luciana olha a vela que queima agora,pra oração noturna.
E reza para ajustar sua alma,tão invadida de dor,menosprezo e rancor.
Ódio,não tinha.Queria paz e saber o caminho do perdão.
Como perdoar o abandono?
Como engolir o engano,do que parecia perfeito?
Do desfeito,tem apenas um bilhete deixado,que julga ser um lance de mera covardia.
Seria melhor que tivesse desistido de tudo na igreja.
Mas não,deu o sim,a promessa.
E as palavras de amor ao ouvido,tornando-a única?
Um ano já faz.
O belo,escafedeu na vida.Ninguém sabe dele,ninguém viu,nem vê.
Melhor que tivesse morrido.seria viúva e pronto, e ponto.
Queria perdoar,não consegue.
Queria morrer,não consegue.
A vela queima.
Nossa Senhora,não chora sua dor.
Chora bem ao lado,sim,aquela criança ...mais é um resmungo que choro ...
A dor não abranda,o gosto da revolta a domina e mina.
Acaba por dormir,exaurida.
Amanhã,quem sabe,não precise tocar o dedo na ferida ...

Tata Junq

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Foda-se!





Simples assim.

Na irreverência dos atos,
a cada fato perturbador,
um
foda-se,
merecedor.

Tata Junq

Meu retrato

Meu retrato

Ficou na cômoda,
poeira
cobriu.
E
de
tal
abandono,

aranha
quis.
Na teia,
tramada,

sorriso,
não
sumiu.

Tata Junq

Pensamentando ...

                                              ( Imagem por pesquisa,Google.)


Em meus pensamentos,moram borboletas,efêmeras.
São sonhos que duram tão pouco ... mesmo belos.
Saíram num esforço,extremo,como a desvencilharem dum casulo hermético.
Polinizam flores secas.
Negam e negam,como Pedro a Jesus.
Enganados a si mesmos,perdem-se no improvável.
Perdem-se no labirinto,com Minotauro perseguidor,Consciência.
Não há saídas.
E a vida,segue bela,operante,estrada.

Tata Junq

SIMPLES.

                                                  ( Imagem recebida,desconheço a fonte e autoria.)

As simplicidades de mim,tornaram-se complexas.
Tão simples,tão simples,querer ... como margaridinha exposta.
Fiquei ao vento,como bem-me-quer-mal-me-quer,sendo despetalada.
O vento levou-me,os pedaços.
Não creio que os ajustem,virei quebra-cabeças,nada simples,nada exato.
No capim alto,entre meios,perdi-me. 
Assim como,ausente,sempre estive.
Na nostalgia de agora,degenerando,vou-me misturando à terra orvalhada.

Tata Junq

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Estória & Estória ...tudinho às avessas... só pra bagunçar.

                 ( Imagem por pesquisa,Google.)

Escute bem...
Não te beijarei,sapo nojento!
E na estória,mando eu.
Não há princesa,não há príncipe encantado.
Nem bruxa má!
Tenho eu,cansada de tanta papagaiada.
Tem papagaio na História?
Mas ... claro que não,só força de expressão!
Como eu dizia mesmo ...
Não é que ...
Mentira tem pernas compridas,como essa cadeira-trono-de- araque,e não, pernas curtas?
E deixas de ser dengoso,com esses zoinhos engraçados!
Não te quero ao meu lado!!!!
Tu não és Rei,nem na CHINA,tua produção é em massa!
Coisa bem sem-graça!
Vou mesmo é te contar um segredo ... e é de dar medo ...tens as horas contadas ...
Ouvistes?
Não te faças de rogado ...
Vai pro brejo,seu dissimulado!

Quem "conta um conto,aumenta um ponto",uma letra, uma sílaba,sei lá ...
Quem proseia,com sapo,diminui juízo.
Não é pois?
Quem acredita em estórias,pensando ser história,dorme e mija na cama.
Então aconselho,faz de conta que nada leu ... mesmo porque, o SAPO,já escafedeu.
E a estória ou história,já morreu.
E quem cala a boca,sou eu.
Escalabreando vou ...
Eu vou,eu vou ... pra casa agora eu vou... tchururu,tchururu...pararatimbum...paratimbum ... pra casa agora eu vou ...

E não sou Branca-de-Neve,sou anão...

Atchin!
Atchin!
Entenderam tudinho,né?!
"Lé com lé,cré com cré,um sapato em cada pé..."
Jurando sanidade,vou te fazer um cafuné!
( Risadas.)

Tata Junq

PAPO CURTO & RETO: Assim é e será?

                                       ( Imagem por pesquisa,Google.)

Em cada canto,há a mistura dos seres ...

Harmonias?
Lei da sobrevivência?
Cadeia natural?
O Mundo caminha de qualquer maneira,até que ...
Sabe-se lá!
Contrapõem-se já, tantos cenários ... da aridez,às larvas quentes,aos bucólicos campos floridos,ou campos produtivos,ou minados ... e a ganância do homem,faz toda a diferença.
A terra cansará?
A Terra,aguentará?
No mais, a teia está armada ...e não é bela,como a da foto,repousada nas flores.
A MAIOR ARANHA,É A SEDE DO PODER!!!!
ELA ENLAÇA,PRENDE E MATA.

Tata Junq

O que há de ser normal? ( Pensamentando & Ilustrando & Musicando)

                                       ( Imagem por pesquisa,Google.)


O que há de ser normal?
Caçar borboletas nas águas dos lagos?
Caçar peixes ao sabor dos ventos?
Amar-te?
Odiar-te?
Tudo vão!
A beleza não está no óbvio.
Habita no diferente que surpreende.
Os pés podem alçar voos,ou tocar o chão ... mas o caminho traçado,requer passadas cúmplices.
Na marca da terra,céu.
No céu,entranhas.
Estranhas?
Não é bem assim o amar?
Insano?
Ou,por igual,normal?
Infinitamente normal,não te amo.
Infinitamente louca,te espero.
Os passos delineados,são solos ...no solo que inventei.
No que reinventei,agora.
Não sou pé,nem cabeça,nem coração,apenas uma canção.

Tata Junq

E há que ...



E há que se pintar estrelas?
No infinito de mim,
breu.
Vácuo,
sem 
dor.
A menina
que
sonhou,
dorme.

Tata Junq

Pensamentando aos berros!!! Prazos de validades.

                                             ( Imagem por pesquisa,no Google.)

Prazos de validades.

Alimentos?
Medicações?
Falo do ser humano.
Falo das comodidades alheias.
Falo do descaso alheio.
Falaria,que falaria,que falaria ...
Penso na velhice em desamparo.
Penso na solidão de muitos.
Penso nas dores de muitos.
Penso na utilidade do ser descartável.
Penso nos incômodos que exercem e as comodidades de muitos.
E cuspo!
E enraiveço!
Pudesse eu,cuspir nos pratos,nos rostos ...
Só posso pensar,no entanto.
E penso que envelheci,envelhecerei muito mais, ao sabor da lucidez?
Que o Cosmos me ajude,mesmo com mãos enrijecidas,ter capacitação de decidir,pensar e ainda
denunciar o que há aqui e ali.
Não há lados obscuros.
Na evidência dos fatos,há almas e condutas más,que dão nojo.
É isso!
DESCASOS!
DESAMORES!
HORRORES!
Tata Junq

********FELIZ DAQUELE QUE NO RESPEITO,GRATIDÃO E AMOR,NÃO ABANDONA SEUS IDOSOS **************

PROJETO,PAPO CURTO & RETO: Refletindo o bom dia.



PAPO CURTO & RETO:
.” Quando somos jovens,corremos em busca de nossos sonhos. Quando envelhecemos,fugimos dos pesadelos.”
(Desconheço autoria.)
****Tenhamos um feliz dia! ****.

Tata Junq