domingo, 23 de junho de 2013




O relógio marca o tempo.
Da vida ,o tempo eu vivo,
sobrevivo, sobre o tempo,
sem nunca ter vivido.
As marcas dele,
indeléveis,sutis.
  O tempo passa,
ligeiro,
na vida
vira fumaça.
Nem tudo é ferida.
Espelho-me no avesso,
do avesso, do ser.
E, me componho,
ávido da vida.
E,despojo-me das vaidades,
desnecessárias.
E no avesso do tempo,
o tempo se fez,
reverso.
Recomponho-me,
sem vaidades,
amo, outra vez.
( Tata Junq / Paulo Silvoski )