segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Poetando na prosa: Canção.





Era uma vez uma canção,cantada via telefonia.
Foi a primeira vez que alguém cantou pra mim,ao pé do ouvido.
Tão longe e tão perto.
Saudade da voz,cantando,falando...
Então resolvi responder.
(Mesmo que tardiamente ...)
Minha voz é revestida de palavras,desenhadas no papel,remontando pensamentos, na desordem do coração.


Fiz uma canção,
que
de
tão doce,
melou o
chão,
de 
estrelas
e
sóis.

Como vento,
ritmou
girassóis
e
colibris.

Girou
qual
cataventos,
e
em
moinhos-de-vento,
rumou
ao
Sul.

Chegou à sua
janela,
da
forma mais bela.

Esparramou
ao 
chão,
na
brevidade
sonhada.

Subiu ao teto,

e

c
a
i
u

como

c
h
u
v
a

na

palma-de-sua-mão.

Bem suave,
depositado,
foi também
meu
coração.

O seu,
deixou de ter
ouvidos,

ela
foi em vão.

Voltou 
e
procurou
abrigo,
e
de
tão
mente,
perdeu
sentido.

Tata Junq

Poetando: Clarividente.


Amanheço
Lua,
clarividente
e
exposta.

Adormeço
Sol,
clarividente
e
escondida.

Tata Junq