domingo, 13 de janeiro de 2013

Pensamentando: Limites.


Sorrateira,ponta de pés,faço meu caminho até você.
    Não há luar na madrugada,triste caminho,esta estrada.
    No silêncio,meu silêncio.
    No silêncio, a saudade-teimosa.
    Na saudade-teimosa,um imenso amor.
    Cruz-das-almas,pousada além do alambrado.
    Curva sinuosa à direita.
    Olhos de gato no chão.
    E eu,temo mais a sua indiferença.
   (Ela é placa de proibido ultrapassar.)
    Tão longe, o meu sonhar...
    E, chegando,espio pela janela,velo seu sono.
    Não ouso entrar.
    Sombrio retorno...percurso de mim mesma,em cada         ponto da estrada.
    Em meu leito,espalho sonhos reprimidos e cubro-os...
   (E,deixo-os escondidos.)
    Amanhece,devagarinho.
    O relógio está preguiçoso,minha mente,
sonolenta,cansada ...
    
    E,meu coração?
    Enveredou-se no calvário,mas não pára,chora ...   assim,tão estúpido.

Tata Junq

Pensamentando & Musicando : Não me olhem!



"Quando um violeiro toca ...tudo é sertão, tudo é paixão ...
 A viola e o violeiro,e o amor se tocam ..."

Queria ter o domínio de uma viola,viajante e estar

 no sertão-paixão.
E os olhos dos bichos?
As notas exalariam almas,amorosas,amantes.
Sou só instrumentista das palavras,que não vãs!

No silêncio da noite,bichos noturnos rondam,inquietos.

Procuram alimentos ... as almas humanas.
E brilham,contrastados com o brilho do luar, ávidos,seus olhares especulativos.
Quem sofre de amor em abandono?
Quem sorri satisfeito?
Nem me olhem!
Sou esfinge.

*( A natureza é isso:sem medo,nem dó,nem drama  ...")


Tata Junq