quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pensamentando: Sandices.





Beira mar...olhos perdidos,fugidios,semblante tétrico da mulher-farrapo ...
Toda manhã perambula pela orla ...
Cabelos ao vento!
"Daria um milhão" por seus pensamentos ...ahhh ...se daria ...
Apenas conjecturas ... tem olhos fugidios e amargos.
Nunca vi lágrimas neles.Absurdamente absortos e incógnitos.
Dizem ser louca.Louca de amor ... perdidos no mar,mas do acaso, acredito.
Hoje faz frio ... e parece que isso nada altera.Seus sequenciais movimentos,são atípicos?
Não!
Maquinalmente repete gestos ... e seu andar é arrastado. Parece estar em via-crucis ...e, carregar um fardo absurdamente pesado.
Eu já não me surpreendo,apenas observo.
Fico imaginando respostas às curiosidades.Não as tenho e nunca as terei,acredito.
Sou apenas ciente de sua fragilidade.
E me dou conta de alguns repensares.
Fragilidade humana!Debilidade humana!
Mal de amor?
Aquele olhar "desorientado" é marcante, mas direcionado.É como se esperasse alguém ...
Pobre criatura!
Dizem que tem família.Menos mal!Deixa de ser uma andarilha,totalmente perdida.
Prossigo minha caminhada diurna.Também busco o infinito,nas águas longínquas e revoltas do mar.
E talvez,igualmente,afogo-me na saudade,em minhas sandices-involuntárias.
Antídoto para mal de amor,sim?!
Dose dupla!
Já!
Agora,em boa hora.


Tata Junq