segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pensamentando :FRUTO , sem cor?



Assim,surgiu um tom bonito.
Colorindo a vida ... abriu os olhos para o Mundo, chorou, respirou.
E, cresceu sem cor, na dor do desamparo.
Favela.
Lixo!
Lixo!
Lixo!
Filho da mulher-à-toa!
Filho da desgraça!
Serpenteou fel, num preto e branco, afogado em solidões.
Cresceu à mercê de alguns trocados, pedidos , implorados ...
Reflexo do desordenado, correu mundo, o do crime.
Virou Rei!
Quem o condena?
Fruto-colorido, proibido?
Fruto do meio!
Fruto do mal?
Fruto!
Quem o condena?
Sem juízos!
Vértice do medo!!!
É do mando, é do mando!
CO-MAN-DO!!!!


Tata Junq

Poetando & Desestruturando & Cantando ...



Eu me convenço,
Tu te convences,
Ele se convence ...


Que a vida tem razão... e que a própria razão a  desconhece?


Canto
pra
disfarçar
a
dor.


Canto
pra
realçar
meu
humor.


Canto 
pra 
alcançar
amor.


Canto,
derrames
de
enganos,
num
vértice
amargo,
traçado
em
linhas paralelas.


Canto
sem
som. 


Canto
sem
louvor.


Canto,
no
canto,
escuro,
sombrio
do
desamor.


Canto,
perfumes,
que 
evaporam,
das
ampulhetas
do
Tempo.


Canto,
o  
desejo,
fragilizado,
fugidio.  


Canto,
o sereno,
que recobre,
o
horror,
solidão. 


Canto
as
honras  
de 
ser 
um  
suave,
beija-flor,
que bate 
as asas ,
imaturas,
ainda, 
imantando
o
amor.


Tata Junq