domingo, 9 de maio de 2010

Poetando às avessas.



A fome
do novo,
anula o que
é velho,
encardido.
E num tenaz
gemido,
o estômago dói!
Faz sentido?

Tata junq

Meu registro: FOTOGRAFAR & PENSAMENTAR.



O vento uiva, contente.
Traz-me tua lembrança.
O Sol alinha-se no horizonte, anunciando o fim da tarde.
Ouso buscar o pôr-do-Sol, ainda inédito, sem você.
Sou somente semente do medo da verdade. Sem raízes, acalmo minhas ânsias.
Navego no azul do céu, que hora constrói-se amarelo-avermelhado. E nas nuances das cores, pinto sua imagem, tão disforme da verdade: puro, doce.
E perco-me nos pincéis do pensamento ... e, antevejo o breu da noite, acordando as estrelas perdidas, reluzentes, distantes.
Perco senso e somo louvores, mesmo diante das ingratidões.
Busco o luar-metade!
É o que sou.
De onde há de vir o complemento,formando a fase nova ou plena, total?
Pincelo o breu!
É bem assim ... perdido, está meu eu.

Tata Junq

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