segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Poema-conto às avessas!


Era uma vez uma Maria Bonita,
a Dita, cuja!
Que julgava tudo saber,
até sentir sangrar o peso
de um delírio.
Maria Bonita se engana e engana.
Maria Bonita é feia!
Maria Bonita é vil!
Maria Bonita ainda vai
encolarizar-se de si!
Redundante!
Plenamente desconcertante.
Pobre Maria Bonita!
Pobre Maria Bonita,
que não mais bonita.
Pobre, não imaculada,
não é também Maria!
Pobre!
Dita-cuja!
Dita!
Di!
i!
Desapareceu sem rastros.
Nunca foi cometa.
Na verdade, nunca teve brilho.
Falsa brilhante.
Brilhante falso.
Tempero sem gosto,
sonso.
Sonsa!
Já pousou de
onça!
E eu com isso?
E eu com isso?
E eu com isso?
Certeza somente,
não caí
no
seu
feitiço!



Tata Junq

MOMENTOS REFLEXIVOS / PENSAMENTAR.

Dia de Sol!
Dia claro, quente!
O beija-flor chegou sem cerimônias nas flores da árvore Primavera, da vizinha.
Um balé lindo!Estratégico!




Os meninos que empinam pipas o espantaram ...
Beleza de meninos!
Têm olhos pro céu ...cuidando de seus pipas, coloridos, de rabos compridos ... que rabiscam o céu azul. Seus interesses estão concentrados nos movimentos e na possibilidade de algum outro moleque dos arredores, vir buscá-los ... essa é a linguagem ...






E penso ... assim como os buscadores de pipas, há os buscadores de almas, que driblam o espaço, envolvem as criaturas ...
Quem os vê? Quem os sente?
Anjos ou demônios?
Arcáica expressão!
Rodeiam, influenciam?
Conjecturas .. criaturas ... mesuras ...
Meus pensamentos também voam no céu azul, num dia quente.


Tata Junq