quinta-feira, 17 de abril de 2008

O que dizer da morte...



Houve avisos que minh'alma não entendeu. Falei e fiz registro sobre a morte na minha página do Orkut ... comprei um livro cujo título é"Cura dos Traumas da Morte"... o li, fiz registros nas próprias páginas ... e continuei despreparada.
Hoje, data a morte de uma grande amiga. O câncer a venceu. Ou ela o venceu e se libertou?
Ah, Sueli ... grandes asas!!!
Voou longe, livre, livre da dor ... deixando no ninho do amor, seu filho, tão amado, tão jovem.
O quê dizer da morte? É passaporte certo para que valorizemos a vida e a presença dos que amamos. Sim, enquanto há ainda tempo.
Então digo, de forma antecipada, morrerei um dia, é fato. Carregarei no entanto, todas minhas verdades... alma livre de hipocrisias, transparente como riacho virgem ... esperando não haver lamentos ... porque aprendi que o importante é vivenciar o hoje , o que posso, o que me permito. E quem fôr companheiro- presente ... não terá do que se arrepender. Não deverá nada! Se é que possamos dever alguma coisa a alguém. Amar é presença. Por quê dos dizeres? Porque assim sou eu ... irremediavelmente irreverente, sonhadora ... mas consciente de tudo e de todos.
Não lamente ... fui feliz da minha maneira ... cantarolando, escrevendo ... escrevendo , amando ... e agindo, sem dúvidas. Lutando com minhas dores, internas e externas ... mas ... autenticamente.
Já fica o registro.
Por enquanto, vivo e me basta.
Entre lágrimas, hoje. O meu sorriso desbotado e triste emudeceu minh'alma.

Tata Junq

Reconstruir. Momento Reflexivo



Abri a janela. Vi vizinhos descontentes, outros colocando mais madeiramentos obtidos nas ruas, junto os papelões...
Lixo! Casas de lixo! Lixo reaproveitado de uma sociedade consumista e vezes cruel. Quem espreita estas dores? Seus amores ou falta de?
Hoje abri a janela prô mundinho tão próximo. Vi crianças remelentas, quase nuas.Vi cachorros de barrigas gordas de vermes. Vi olhares de desdéns, outros de revoltas, outros pidonhos. Vi sujeiras dos espaços ocupados... garrafas vazias, papéis, papelões, roupas rasgadas e sujas, cachimbos de crack...Não vi sorrisos ... só pressas e indolências, contrastantes.
Não vejo almas, nem corações _vejo que vejo somente seres robotizados, na corrida desenfreada do dia- a-dia, que parece tão claro e normal. Vejo jovens, homens, mulheres ... saídos de transes, gerados por consumo de crack, álcool, maconha ... colas ... tudo puro prazer e posterior, dor. E ...o corre-corre dos trombadinhas, seus arrastões , também.
Vejo um beco, literalmente. Sem saídas.
A vida caminha com ou sem faltas de pernas ... rápida.
Quantas janelas fechadas, no entanto.
Quantas janelas que só proporcionam olhares ao horizonte. Quantas internas, voltadas aos seus próprios interesses?
Deixo a luz entrar pela janela, com pesares e também com algumas esperanças : de dias, de governo, sociedade, melhorados.
Quero, não posso ou devo fechar esta janela _ minha consciência.
Abrindo janelas, por favor?!
Depois fazendo sua parte, sim?!
Lembrete urgente : Reconstruir a desconstrução.

Tata Junq

No mar dos pensamentos...



Já viu e ouviu o crepitar da madeira, queimando no fogo alto? Já sentiu o calor que emana do fogo contrastando com o frio da madrugada? Já sentiu o calor de um abraço? É madeira queimando, quebrando o frio. É também aconchego necessário, contrastando com o frio da madrugada. Estar em abraços, são minutos de solidez de sentimento, de agradáveis momentos de amar.
Quero abraçar o Mundo, a todos.
Hoje, quero abraçar todas as crianças em abandono ... e com o calor emanado de meus braços, acalentá-las no frio da madrugada ...
Por quê?
Porque perambulo em pensamentos ... e ando nas ruas e espreito cada esquina. Meu olhar se perde na dor.
Quero abraçá-los, agora ... um a um. Quero que meu olhar penetre e distribua carinhos, sem palavras ... e, no meu abraço dizer que não estão sozinhas.
No mar-de-meus pensamentos, tudo pode.
Então, por hoje as retirarei das ruas, alimentando seus corpos e almas.
Só por hoje, posso.
Abraço a dor, da falta de amor.

Tata Junq

Rio dos sonhos



As águas límpidas do rio dos sonhos, transbordam energias, agora, puras.
Espelham minh'alma _ tão fosca, tão sem jeito, tão sem brilho.
Ah! Duendes, Yaras... desta floresta de cores e amores... vêem esta face oscilando nas águas? Ela chora dores, tem sulcos, marcas da saudade, de enfrentamentos ... tem rugas ... ficou velha, dura como ébano.
Ela precisa de sonhos , somente ...

Tata Junq

Um amor




Cá estou, novamente na torcida ... por uma partida bem sucedida. Na qualidade de mais um, desta Nação Alvinegra. Quero um herói, dois, três ... e sentir o gosto dos gooools!
Quero até utopicamente sentir o gosto da vitória, da virada, do ganhar. Mas hoje não há herói, nem rei, nem rainha ... só há garganta: "... sou, sou Gavião eu sou ... "vamu" Coringão!
E a garganta arranha e a boca cospe, somente, amor.
Amor, eterno _ Corinthians!!!